Luís Fabiano, coordenador de futebol da Ponte Preta, trabalha com o objetivo de fechar negociações (Diego Almeida/Pontepress)
Na zona de rebaixamento e com o sinal de alerta ligado, a diretoria da Ponte Preta não vai esperar a abertura da janela de transferências no próximo dia 18 de julho para realizar movimentações no mercado da bola. A ideia da Macaca é buscar de três a cinco jogadores para reforçar todos os setores, com prioridade para atletas mais experientes, com força física e competitividade.
Desde o início da Série B, a Macaca busca por um novo camisa 10 por conta de uma convicção do presidente Marco Antônio Eberlin e da comissão técnica sobre as características dos jogadores do atual elenco. Tanto Fessin como Matheus Anjos são vistos com outro perfil tático. Ainda para o meio-campo, a ideia é contratar um jogador mais experiente, que se somará a Léo Naldi e Felipe Amaral. Desejo antigo da diretoria, Rithely deve ser o escolhido para a posição.
O clube buscará ainda um centroavante para repor a saída de Pedro Júnior, que teve o contrato rescindido e não rendeu o esperado pela comissão técnica. O mesmo ocorreu com Douglas Santos, contratado como aposta após passagem pelo Athletic, de Minas Gerais, mas dispensado por acumular problemas indisciplinares e também não render o esperado dentro de campo.
Lucca tem feito muito bem a função de jogador de referência e assumiu a artilharia da Série B com seis gols jogando como centroavante. Mas a comissão técnica e a diretoria acreditam que o jogador é a única opção confiável dentro das características do elenco. O uruguaio Leandro Barcía, de 29 anos, entrou em pauta para suprir essa carência na sequência da Série B.
O atacante pertence ao Rentistas, do Uruguai, mas está emprestado ao Atlético Goianiense. Fora dos planos do Dragão, o jogador deve ser liberado para procurar um novo clube, mas a Macaca também enfrenta a concorrência do CRB. Barcía chegou ao futebol brasileiro em 2019 e marcou nove gols em sua primeira temporada pelo Goiás. Também passou por Sport, além de equipes do Uruguai como o tradicional Nacional.
A Ponte Preta busca ainda oportunidades com jogadores de defesa no mercado, além de jogadores de beirada, para repor as saídas de João Pedro, Pedrinho e Matheus Alessandro. A ideia é montar um time mais experiente, forte e intenso, com menos toque de bola e mais competitividade.
Saídas
Outro tema debatido nos corredores do Moisés Lucarelli envolve as saídas dos atletas. No último mês foram diversas despedidas: o zagueiro Cleylton e o meia Papa Faye não tiveram o contrato renovado. Pedro Júnior e Douglas Santos rescindiram amigavelmente com a diretoria. O meia Pedrinho recebeu proposta do futebol europeu e deve atuar no Chipe, enquanto João Pedro vai reforçar o Ypiranga na Série C. Já Matheus Alessandro foi emprestado para o Volta Redonda.
Mas não para por aí...
O meia Thales está fora dos planos de Hélio dos Anjos. O atleta foi realocado para o time sub-23 e vai disputar o Campeonato de Aspirantes. A diretoria também busca definir as situações de Guilherme Santos e Josiel - que não são aproveitados desde o Campeonato Paulista -, além do volante Wesley. O atleta de 34 anos tem apenas 115 minutos em campo na Série B e não joga desde o duelo contra o Operário em abril.
Outro desafio da diretoria pontepretana será administrar a folha de pagamento ao mesmo tempo que buscará reforços no mercado de transferências. Apesar da falta de resultados dentro de campo, o presidente Eberlin conseguiu estruturar o lado financeiro e tem feito o pagamento dos salários em dia.
No ano passado, a Macaca lidou com atrasos e problemas nas contas durante toda Série B. A ideia é manter uma folha acessível e buscar jogadores disponíveis para empréstimo na elite do futebol nacional.
