Caíque França é o segundo goleiro com mais defesas difíceis na Série B; atleta é uma das referências na equipe (Diego Almeida/Pontepress)
A melhor defesa é o ataque. Uma das máximas mais adotadas no futebol é o lema de muitos treinadores no Brasil. Mas quando a produção ofensiva não apresenta os resultados esperados, a solidez defensiva se torna uma importante arma para consquistar vitórias. Hélio dos Anjos utilizou essa tática para melhorar o rendimento da Ponte Preta na Série B.
A Macaca ainda está entre os piores ataques e marcou dez gols em 17 jogos. Os números são superiores apenas ao CSA, que tem nove gols na competição. Para não ficar dependente do sistema ofensivo, principalmente do artilheiro Lucca, a equipe adotou o mantra que o melhor ataque é a defesa.
Nos últimos jogos o cenário tem se repetido: o sistema defensivo suporta a pressão dos adversários, a Macaca espera pelo momento certo de contra-atacar e busca o gol da vitória. Foi desta forma que os três pontos foram conquistados na última rodada, diante do CSA, em Maceió.
“O nosso time tem se mostrado sólido defensivamente desde o início da Série B. Não sofremos mais que dois gols em nenhuma partida e, além disso, passamos sete jogos ilesos na defesa. Nos últimos quatro jogos sofremos apenas um gol e ele foi marcado de pênalti. A gente vem trabalhando muito para seguir com essa marca positiva”, explica o goleiro Caíque França.
Especialista em montar equipes com boa postura defensiva, Hélio dos Anjos mudou a formação no jogo contra o Cruzeiro. O esquema com três zagueiros, entretanto, não funcionou do jeito esperado por conta das falhas individuais de Fabrício – que depois foi liberado e se desligou do elenco –. Com Thiago Oliveira, Fábio Sanches e Douglas Mendes no setor defensivo, a Ponte sofreu apenas um gol nas últimas quatro partidas.
Com esse crescimento, a Macaca se transformou no sexto time com os melhores números defensivos na Série B. Empatada com o CSA com 14 gols sofridos, a equipe campineira só perde para os cinco primeiros colocados: Grêmio (5 gols sofridos), Vasco da Gama (7), Cruzeiro e Sport (8), além do Bahia (9).
“Contar com uma defesa sólida te deixa mais próximo de um resultado como empate ou vitória. Isso gera uma estabilidade maior para nossa campanha porque precisamos pontuar. Acredito que desta forma a gente consiga buscar pontos importantes nos próximos jogos para colocar a Ponte Preta em outro nível no campeonato”, continua França.
Mudanças
O próximo compromisso da equipe será novamente fora de casa. A Alvinegra embarca nesta quinta-feira para Criciúma e enfrenta os catarinenses amanhã, às 19h, no Heriberto Hulse. Aliás, o Tigre marcou 18 gols na competição e está entre os melhores ataques. Mais um desafio para a defesa pontepretana.
No entanto, Hélio dos Anjos vai precisar modificar a escalação. O zagueiro Thiago Oliveira está suspenso pelo terceiro amarelo. Se o esquema com três zagueiros for mantido, o lateral Artur pode atuar improvisado no setor, assim como ocorreu contra o Tombense. Euller, promovido do sub-23, e Luanderson, que estava no time de Aspirantes, também são opções.
“Estamos com boas partidas como visitante na Série B. Acredito que a exceção foi o jogo contra o Operário. Agora é o momento de estudar o Criciúma, traçar as estratégias corretas e continuar com a mesma postura dos últimos jogos. Nossa equipe está conseguindo mostrar sua cara”, comenta o goleiro alvinegro.
O momento defensivo também passa por Caíque França. O arqueiro da Macaca é o segundo na competição com mais defesas difíceis: são 13 em 16 jogos disputados. Ele está atrás apenas de Marcelo Carné, do CSA, com 14.
“Estou muito feliz pela minha fase no clube. O torcedor tem me apoiado desde que cheguei no clube e sinto o mesmo incentivo de todos os meus colegas. Espero continuar colaborando com minha equipe”, finaliza.
