Lucca é o principal artilheiro da Ponte Preta na temporada, sendo responsável por 61% dos gols marcados (Diego Almeida/PontePress)
Lucca é um dos principais jogadores da Ponte Preta. Na temporada, são 15 partidas realizadas e oito gols marcados, sendo dois pela Série B do Campeonato Brasileiro e os demais no Campeonato Paulista, que culminou no rebaixamento à Série A2.
Aos 32 anos, o atleta realiza a sua segunda passagem pelo Estádio Moisés Lucarelli. A primeira foi em 2017, quando na oportunidade balançou as redes 24 vezes e contribuiu com sete assistências em 61 jogos.
Desde então, nos clubes pelos quais passou, o jogador não conseguiu repetir o mesmo desempenho - seja no Corinthians, Internacional, Bahia, Fluminense ou até na experiência asiática que teve, atuando no Al-Rayyan e Al-Khor, do Catar.
"Olha, eu penso que se você está num lugar em que se sente bem, em que as pessoas do clube gostam de você, é um caminho que pode colher muitos bons frutos. Eu vim para cá com esse intuito de estar num lugar que eu me sinta bem, que minha família gosta e isso foi o fator fundamental de vir para Campinas", explicou.
"Meus filhos, principalmente o meu menino que gosta muito de futebol, apesar de ser pequeno ele gosta da Ponte Preta, sabe o hino e sabe os gritos da torcida. Vê-los felizes é gratificante. Não tem preço", emendou.
Responsável por 61,5% dos gols da Alvinegra em 2022, o atacante negou que tenha uma 'Lucca Dependência' na equipe e valorizou cada integrante.
"Creio que não tem nenhum gol meu que talvez eu possa ter feito uma jogada tão individual. Sempre preciso de todos e sem dúvida nenhuma, se eu não tivesse eles para fazer os gols, eu não conseguiria. Até porque o futebol hoje está muito coletivo, dinâmico, um precisa do outro a todos os momentos. Eu prefiro dar mérito ao plantel inteiro", analisou Lucca, em entrevista coletiva.
O confronto de número 203 do Dérbi será o segundo do camisa 10. O primeiro aconteceu no Paulistão, no dia 19 de fevereiro, quando a Macaca foi derrotada no Brinco de Ouro da Princesa pelo placar de 3 a 0.
Dessa vez, contando com um cenário diferente, a Ponte chega na oitava posição na tabela com sete pontos e, se vencer, pode chegar no G-4 da competição. O capitão pontepretano projeta um duelo muito difícil dentro das quatro linhas, mas que é de suma importância que o grupo esteja incentivado.
"Para disputar um embate dessa grandeza a motivação tem que estar sempre aflorada. Estou muito feliz pelo momento que estamos vivendo, por tudo que a gente vem construindo, eu vejo a evolução e isso me deixa contente. Ver que cada um está procurando fazer o seu melhor trabalho", justificou.
"Que seja o de domingo o mais marcante. Se conquistarmos o triunfo vai ser um domingo especial. Mas eu creio que independentemente de classificação, vai ser um clássico campineiro difícil e duro, como sempre. A gente sabe que pode acabar acontecendo um pouquinho de confusão, que acaba sendo normal. Mas que possa ser cada um buscando o melhor para sua equipe, com respeito. No domingo depois das 18 horas a gente vê quem vai comemorar ou não", continuou.
Jejum
Se por um lado a Ponte Preta chega para o clássico campineiro buscando um feito inédito na temporada, que é o de engatar duas vitórias consecutivas (aconteceu ao final da Série B de 2021, quando a Alvinegra venceu o Confiança, fora de casa, e o Coritiba, no Majestoso), pelo outro tenta quebrar um jejum.
O clube não vence o Bugre há três partidas, sendo um empate e duas derrotas. A última vez que venceu foi no dia 05 de maio de 2021 - na ocasião, Macaca conseguiu um 3 a 1 jogando em casa com gols de Moisés (duas vezes) e de Paulo Sérgio.
Desde que quebrou o tabu de mais de 15 anos, em 2002, a Ponte não ficou quatro jogos seguidos sem triunfar sobre o rival.
