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Louzer atribui tropeço a desatenção

Tem sido cada vez mais difícil encontrar explicações para a sequência de tropeços do Guarani fora de casa na Série B do Brasileiro

Carlos Rodrigues
02/06/2018 às 19:36.
Atualizado em 28/04/2022 às 11:02
O volante Ricardinho também estava pendurado com dois cartões amarelos, mas não foi advertido em Caxias do Sul e poderá jogar em Maceió (Arthur Dallegrave/Juventude)

O volante Ricardinho também estava pendurado com dois cartões amarelos, mas não foi advertido em Caxias do Sul e poderá jogar em Maceió (Arthur Dallegrave/Juventude)

Tem sido cada vez mais difícil encontrar explicações para a sequência de tropeços do Guarani fora de casa na Série B do Brasileiro. Na derrota para o Juventude, o time até teve posse de bola e controle das ações, mas contou apenas com lampejos e, outra vez, foi castigado com uma desatenção defensiva que custou a derrota. O técnico Umberto Louzer lamentou a possibilidade desperdiçada de finalmente alcançar o primeiro resultado positivo na condição de visitante. “Tivemos controle do primeiro tempo, a bola em nossos domínios, mas numa desatenção proporcionamos ao adversário o gol e acabou custando caro. Era uma possibilidade real de ganhar fora”, disse o treinador. “Poderíamos ter aberto o placar em duas intervenções do goleiro. Iniciamos como trabalhamos na semana, propondo, controlando, mas em uma desatenção saiu o gol que concretizou a vitória deles”. Pela terceira vez no campeonato, o Bugre acabou sofrendo um gol após os 45 minutos. Desta vez, diferentemente dos jogos contra Fortaleza e Goiás, isso aconteceu no primeiro tempo, mas a situação comprovou novamente falta de atenção e erros primários que permitem ao adversário tirar proveito disso. “A gente trabalha isso. Estuda o adversário e passa as informações necessárias para minimizar qualquer tipo de problema. Para sair um gol, é precisa algo situação adversa, um erro. Temos que evoluir nesse quesito para não proporcionar mais esse tipo de situação”. O péssimo aproveitamento fora de casa, que trava o time e impede que o Guarani se coloque em situação mais confortável na tabela, também deixa Louzer na bronca. “Incomoda, até porque temos feito jogos com possibilidade de levar um resultado favorável, como foi hoje (sexta-feira) por tudo o que estava acontecendo no contexto do jogo. No segundo tempo ainda tivemos chance de fazer o empate, mas as tomadas de decisão não foram acertadas”, reconheceu. A missão agora será alcançar a reabilitação num compromisso que tem tudo para ser muito difícil. Na terça-feira, o Bugre vai enfrentar o CSA, uma das surpresas do campeonato, lá em Maceió. O time alagoano, que é comandado por Marcelo Cabo, técnico que dirigiu o alviverde na Série B do ano passado e deixou o clube sem nenhuma vitória em seis partidas, ocupa a vice-liderança do campeonato e vem de vitória por 1 a 0 sobre o Vila Nova, em pleno Serra Dourada. Jejum fora de casa na Série B chega a 11 meses Com a derrota por 1 a 0 para o Juventude, sexta-feira, em Caxias do Sul, o Guarani ampliou seu martírio em jogos fora de casa válidos pela Série B do Campeonato Brasileiro. O jejum atuando como visitante já passa dos 11 meses. O último resultado positivo aconteceu em 1° de junho do ano passado, quando o Bugre foi a Natal e, com gol do lateral-direito Lenon, bateu o ABC por 1 a 0. Naquela ocasião, o time era o líder do campeonato. Depois, porém, o time não conseguiu sequer uma vitória atuando longe de Campinas. A sequência em 2017 teve cinco empates e nove derrotas e foi determinante para a queda da equipe na tabela que culminou na briga contra o rebaixamento e a salvação conquistada apenas na penúltima rodada. Contando apenas jogos fora de casa, o Guarani foi o penúltimo, com mais pontos apenas que ovice-lanterna ABC. Na atual temporada, o mau desempenho como visitante se repete. Dos 12 pontos disputados, o Bugre só somou um, que foi no empate em 1 a 1 com o Goiás. Nos demais jogos, só derrotas. Antes do Juventude, Fortaleza e Atlético-GO já haviam sido algozes. O aproveitamento de 8,3% deixa o clube, mais uma vez, entre os piores. Na terça-feira, o compromisso do alviverde é mais uma vez longe dos seus domínios. A equipe enfrenta o CSA, às 20h30, no Estádio Rei Pelé, em Maceió, com a chance de finalmente colocar fim no jejum ou piorar ainda mais essas marcas negativas. Suspenso, Lenon desfalca o time no jogo contra o CSA Não bastasse a derrota para o Juventude e o tempo quase inexistente que terá para preparar a equipe, o técnico Umberto Louzer ainda tem um grande problema para escalar o Guarani que enfrenta o CSA, terça-feira, às 20h30, pela nona rodada da Série B do Brasileiro. O lateral-direito Lenon recebeu o terceiro cartão amarelo em Caxias do Sul e terá que cumprir suspensão em Maceió. O jogador era um dos pendurados ao lado do volante Ricardinho e acabou advertido em um lance aos 11 minutos do segundo tempo. Nas rodadas anteriores, ele já havia recebido cartões na vitória sobre o Sampaio Corrêa e no empate com o Goiás. A suspensão interrrompe a sequência de 26 partidas do lateral-direito em 2018. Lenon é o unico do elenco a ter entrado em campo em todos os jogos na temporada — depois dele aparecem Bruno Brígido e Ricardinho, com uma partida a menos. Com esse sentido desfalque, a opção natural para ocupar a função é Kevin, que já disputou três partidas na Série B, mas em outras posições — uma vez como um ponta pela direita e duas improvisado na lateral-esquerda. Umberto Louzer ainda vai aguardar o treino de hoje, o último antes da viagem para o Nordeste, para definir o restante da equipe. O técnico aguarda a situação do zagueiro Philipe Maia, que não jogou em Caxias por conta de um problema no músculo adutor. Caso ele não atue, Éverton Alemão será mantido. Há também uma dúvida em relação a Anselmo Ramon. O atacante tomou uma pancada no tornozelo, teve que ser substituído e será avaliado.

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