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Lisca promete 'respirar' Guarani

Técnico avisa que viverá o clube 24 horas por dia para tentar tirar o time das últimas colocações

Paulo Santana
09/10/2017 às 21:08.
Atualizado em 22/04/2022 às 18:03
Técnico avisa que viverá o clube 24 horas por dia para tentar tirar o time das últimas colocações (Paulo Santana/AAN)

Técnico avisa que viverá o clube 24 horas por dia para tentar tirar o time das últimas colocações (Paulo Santana/AAN)

Quando era criança e frequentava as dependências do Beira-Rio em Porto Alegre, sua terra natal, Luiz Carlos Cirne Lima de Lorenzi, ouvia histórias contadas pelos torcedores do Internacional a respeito da épica vitória do Guarani na casa do Colorado — 3 a 0 na reta final do primeiro turno —, que culminou com a conquista do inédito título de campeão brasileiro de 1978.   O feito — até hoje exclusivo de um time do Interior do País — ficou na memória e serviu de motivação para o agora técnico Lisca Doido assumir o desafio de manter o Bugre na Série B do Campeonato Brasileiro. Ao chegar no Brinco de Ouro, no início da tarde de ontem, para ser apresentado como novo treinador da equipe, Lisca teve a felicidade de encontrar Renato, então meia-armador daquele time histórico.   "Tive o prazer de conversar com o Renato e me lembrei daquele time na hora. Foi uma campanha mágica e histórica. Hoje, quem diria que depois de tanto tempo eu poderia estar aqui para ter a honra de vestir essa camisa e poder dirigir esse time", comentou. "Estou cheio de orgulho e com muita vontade de trabalhar", completou.   Segundo o treinador, até o final do ano sua casa será o Brinco de Ouro. "Vou viver este clube 24 horas por dia. Neste primeiro momento, minha família não virá para Campinas. Por isso, não terei 'nenhum passarinho para dar água' e vou estar aqui o tempo todo. Me dedicando, trabalhando e buscando o melhor para sairmos o mais rápido desta posição incômoda", afirmou.   Falando de como irá trabalhar para fazer o time reagir, Lisca garante que levará em conta as quatro principais valências que norteiam qualquer trabalho dentro do futebol. "Vamos buscar o equilíbrio entre as questões técnica, tática, física e emocional para conseguir as vitórias. As coisas precisam melhorar porque a nossa posição hoje está dentro daquele grupo que está mais para baixo do que para cima. As pequenas conquistas do dia a dia são as mais importantes. A autoestima precisa voltar o quanto antes", concluiu.   Lisca Doido   Apesar do jeito irreverente, Lisca garante que o apelido de Doido não tem nada a ver com algo pejorativo. "Isso começou no Juventude, já que eles têm o 'Papo Doido' como mascote. Depois que fizemos um bom trabalho, tiraram o 'Papo' e colocaram meu nome no grito de incentivo. De lá, quando fui para o Náutico, aí a coisa pegou mesmo. É doido de apaixonado, de ser feliz pelo que faz, doido pelo trabalho", conta.

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