Lisca mantém a base do Guarani

A inquestionável vitória sobre o Juventude era o que o Guarani queria para recuperar a confiança e o que Lisca precisava para começar a encontrar o time que considera ideal para a reta final da Série B do Brasileiro. E é pensando nessa manutenção que o treinador vai seguir com a base titular para o jogo de sábado, contra o Goiás, no Serra Dourada, pela 32ª rodada. A equipe terá apenas uma mudança e é nela em que reside a dúvida, já que o Bugre viaja sem ainda ter definido o substituto do volante Betinho, que cumprirá suspensão. Nas quatro sessões de treinamento que fez em Campinas entre segunda-feira e quarta-feira, Lisca trabalhou variações, chegou a fazer atividades com 13 titulares, mas sempre utilizando dois potenciais substitutos: Ewerton Páscoa e Pablo. Com Páscoa de volante, ele mexe em duas posições, já que Willian Rocha ganha lugar na zaga ao lado de Diego Jussani. Com Pablo, que começou o coletivo de ontem no time principal e, por esse motivo, está ligeiramente à frente, Páscoa é mantido na linha defensiva. Lisca explicou as duas situações e citou o ponto positivo que cada uma delas lhe oferece. “Abriu essa situação no meio e trabalhamos algumas alternâncias. Uma com o Páscoa no meio porque gosto muito de ver ele jogar ali. Quando eu estava no Náutico e ele no Sport, nos clássicos ele deu muito trabalho atuando nessa posição”, relembra. “Com o Pablo e o Páscoa mais atrás, nós mantemos a linha de quatro defensiva dos últimos jogos, principalmente o último, em que não tomamos gol, o que foi muito importante. Espero tomar a melhor decisão”. Escolha à parte, de uma coisa Lisca tem certeza: o momento é de mudar o mínimo possível em busca da formação ideal. “É hora de achar a escalação, manter a estrutura e mudar só por necessidade, como é no caso do Betinho. Desde que cheguei, tenho buscado isso o máximo possível e no momento que o Guarani atravessa, isso é fundamental”, destaca o técnico. O Guarani viaja hoje pela manhã para Goiânia e por lá faz os últimos dois treinamentos antes do jogo contra o clube esmeraldino. Com 38 pontos e na 14ª colocação, o Bugre tem três pontos de diferença para o Luverdense, que abre a zona de rebaixamento, mas Lisca evita falar em matemática. “Não podemos nos enfiar nisso. Para ser sincero, nem estou fazendo muita conta, principalmente pela experiência que tive no Ceará (quando Lisca chegou, o clube cearense tinha 98% de risco de rebaixamento na Série B, mas se salvou). Se fizesse, nem iria”, brinca o comandante. “Nesse momento, depende de nós e dos adversários. Todo ponto é importante”.