Na vitória sobre o CSA, por 2 a 1, sexta-feira passada, em Maceió, Gilson Kleina igualou a marca de Marco Aurélio como 4º técnico que mais comandou
Na vitória sobre o CSA, por 2 a 1, sexta-feira passada, em Maceió, Gilson Kleina igualou a marca de Marco Aurélio como quarto técnico que mais comandou o time da Ponte Preta em 118 anos de história. Na próxima sexta-feira, às 21h30, diante do Figueirense, pela 32ª rodada da Série B do Campeonato Brasileiro, ele chegará a 155 partidas e vai superar o ex-meia que fez parte da histórica equipe vice-campeã paulista de 1977. Ficará abaixo somente de figuras emblemáticas da Macaca, como Cilinho (345 jogos), Antonio Peixoto "Nico" Filho (260) e Zé Duarte (245). E já passou treinadores vitoriosos no comando da Macaca como Jair Picerni (140), José Agnelli (131), Oswaldo Alvarez (129), Nelsinho Baptista (116) e Guto Ferreira (107). Marco Aurélio precisou de cinco passagens para se chegar a 154 partidas: 1998/99, 2002, 2004, 2006 e 2007/09. Já Gilson Kleina está em sua terceira passagem (2011/12 e 2017) com aproveitamento de exatos 50% dos pontos colocados em jogo. Foram 63 vitórias, 42 empates e 49 derrotas. Em suas passagens, estão o acesso para a Série A do Brasileiro em 2011, a semifinal do Paulistão em 2012 e o vice-campeonato paulista de 2017. Além de contar com o respeito de dirigentes e torcedores, o comandante é alvo também dos elogios dos jogadores. "Nós estávamos com a confiança um pouco baixa e o Kleina ressuscitou essa confiança. Nos deu uma autoestima maior, colocou pontos positivos que poderíamos evoluir e conseguimos. Temos que melhorar ainda mais para conseguir outras vitórias", destaca o atacante Júnior Santos. Apesar de ter deixado a Chapecoense quando Kleina era o comandante, o volante Lucas Mineiro só tem boas lembranças do técnico. "Foi uma conversa entre o meu empresário e eu. Não teve nada a ver com o Gilson Kleina. Pelo contrário. Quando surgiu a oportunidade de vir para Ponte, ele me disse que era uma chance única e eu acreditei. Hoje, vejo que foi no momento certo", disse. Kleina destaca o carinho que nutre pela Ponte Preta. Quando foi contratado pela primeira vez, havia chamado a atenção pelo bom trabalho desenvolvido no Duque de Caxias-RJ. Desde então, sua carreira decolou. Da Ponte, de onde saiu em setembro de 2012, foi para o Palmeiras, depois trabalhou no Bahia, Avaí, Coritiba, Goiás e Chapecoense. "Todos sabem o carinho e o respeito que tenho pela Ponte Preta. Quando surgiu o convite para retornar, fiquei muito feliz. Vejo que fiz a escolha certa", disse em recente entrevista. Treinador recusa convite para voltar à Chapecoense Setenta dias depois da demissão, Gilson Kleina recebeu um telefonema de dirigentes da Chapecoense, anteontem. Do outro lado, um convite para retornar ao clube catarinense, que demitiu Guto Ferreira após mais uma derrota na Série A do Campeonato Brasileiro, desta vez para o Vitória, por 1 a 0. Com contrato assinado até o final da Série B, Kleina declinou o convite alegando que tem compromisso com a Ponte Preta. Apesar do salário proposto ser bem superior ao acertado com a Macaca, o comandante decidiu permanecer para cumprir o acordo "moral e assinado" até o final do ano. Ontem, Kleina comandou mais um treinamento visando à partida com o Figueirense, sexta-feira, quando vai em busca do terceiro resultado positivo em três jogos. Não definiu o time, mas sabe que terá que encontrar o substituto para Reginaldo, suspenso pelo terceiro cartão amarelo. Apesar de ter as opções de Reynaldo e Léo Santos, o treinador tem levado Nathan, que vinha sendo utilizado na posição de volante, como alternativa para a zaga nas últimas partidas. A definição acontece no treino coletivo de hoje pela manhã, no CT do Jardim Eulina. Amanhã à tarde, está prevista uma atividade de posicionamento, seguida de recreativo para os atletas, no Majestoso. Os ingressos para o desafio de sexta-feira, às 21h30, estão à venda nas bilheterias do estádio por R$ 20,00 (inteira) e R$ 10,00 (meia). Vale lembrar que quem for ao jogo usando a camisa do time, paga meia. Cilinho, Nico e Zé Duarte ocupam o topo da lista A lista com o Top 3 da Ponte Preta aponta treinadores com passagens marcantes pelo clube. Otacílio Pires de Camargo, o Cilinho, foi quem mais dirigiu o time na história: 345. Acima de Kleina, ainda tem Antonio "Nico" Peixoto Filho e Zé Duarte, que dificilmente poderão ser ultrapassados até o final da década. Além de preceder Zé Duarte, outro histórico da Macaca, Cilinho é considerado responsável direto pela "fábrica" de goleiros e zagueiros criada no Majestoso. De lá, saíram craques da base do time de 1977 e o programa de trabalho teve continuidade. Cilinho era o comandante do time campeão paulista da então segunda divisão estadual de 1969. Naquele time, havia, entre outros, o meia Dicá — então um jovem garoto saindo da base — e Nelsinho Batista, que era lateral e, depois que se tornou treinador, dirigiu o time profissional da Ponte em 116 jogos, figurando entre os 10 mais. Ao todo, Cilinho teve cinco passagens pela Macaca: 1969/70, 1972, 1974, 1979 e 1987. Logo abaixo na lista, está Nico, que trabalhou na Macaca nos anos de 1940/1950 e alcançou uma série de 45 jogos sem derrota em 1951. Zé Duarte, o terceiro colocado, dirigiu a Macaca em 245 partidas. Vice-campeão paulista de 77, era o chefe do elenco mais talentoso da história alvinegra. Também fez história no Guarani, eterno rival, sem perder o respeito dos alvinegros.