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Justiça liberta Ronaldinho após 171 dias de prisão

O ex-jogador foi acusado de usar passaporte paraguaio com conteúdo falso quando entrou no país no dia 4 de março

France Presse
24/08/2020 às 19:10.
Atualizado em 28/03/2022 às 17:53
Com uma boina preta, camisa da mesma cor e jeans, sua forma habitual de se vestir, Ronaldinho Gaúcho respondeu ao juiz: "sim, eu aceito", referindo-se à saída processual recomendada pelo Ministério Público (AFP)

Com uma boina preta, camisa da mesma cor e jeans, sua forma habitual de se vestir, Ronaldinho Gaúcho respondeu ao juiz: "sim, eu aceito", referindo-se à saída processual recomendada pelo Ministério Público (AFP)

O ex-craque Ronaldinho Gaúcho foi libertado por um juiz paraguaio depois de cumprir 171 dias de prisão - dos quais 140 foram passados em um hotel de quatro estrelas no centro de Assunção. O ex-jogador foi acusado de usar passaporte paraguaio com conteúdo falso quando entrou no país no dia 4 de março, informou o juiz do caso. O magistrado Gustavo Amarilla também libertou seu irmão Roberto de Assis Moreira, que foi julgado pelo mesmo crime. Ronaldinho, de 40 anos, "tem livre disponibilidade para viajar para qualquer país do mundo de sua escolha, mas ele deve nos avisar se vai mudar de endereço permanente" pelo período de um ano. "A partir de agora, a medida cautelar de prisão está suspensa. (Ronaldinho) não tem nenhuma restrição a não ser o cumprimento da reparação do dano social", disse o magistrado. Com uma boina preta, camisa da mesma cor e jeans, sua forma habitual de se vestir, Ronaldinho Gaúcho respondeu ao juiz: "sim, eu aceito", referindo-se à saída processual recomendada pelo Ministério Público. Uma das saídas é o pagamento de 90.000 dólares em dinheiro como reparação dos danos sociais causados por sua conduta. Para seu irmão Roberto, a multa é de 110 mil dólares. Os dois compareceram ao gabinete do juiz Amarilla para a audiência que começou pouco depois das 14h00 (15h00, pelo horario de Brasília) e que durou três horas. O magistrado considerou a acusação conclusiva de quatro promotores que solicitaram a saída processual para evitar o julgamento oral. O ex-jogador e seu irmão foram presos no dia 6 de março, dois dias depois de chegar ao terminal aéreo de Assunção, onde exibiram às autoridades de imigração passaportes reais paraguaios com conteúdo falso. Ronaldinho, campeão mundial com a seleção brasileira na Copa de 2002, foi beneficiado com a "suspensão condicional do processo" já que a expectativa de pena não excede dois anos. Por outro lado, o juiz condenou seu irmão Roberto a 2 anos de prisão com suspensão da pena, com a obrigação de comparecer a cada 4 meses perante o tribunal de sua residência, no Rio de Janeiro. Fontes da defesa admitiram que Ronaldinho e Roberto viajarão - em vôo privado - o mais rápido possível para sua cidade de residência, assim que obtiverem as autorizações correspondentes.

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