PONTE PRETA

Junior Santos curte o bom momento

Após um início tímido, atacante marcou seis gols e deu duas assistências nas últimas nove rodadas

Paulo Santana/AAN
10/08/2018 às 07:04.
Atualizado em 23/04/2022 às 05:25
Junior Santos recebe prêmio em sua cidade, Conceição do Jacuípe-BA (Berimbau Notícias)

Junior Santos recebe prêmio em sua cidade, Conceição do Jacuípe-BA (Berimbau Notícias)

O atacante Junior Santos encaixou de vez no time da Ponte Preta. Depois de um começo tímido, o baiano de Conceição do Jacuípe — cidade no interior da Bahia que também é conhecida pelo apelido Berimbau — marcou seis gols e deu duas assistências nas últimas nove rodadas e hoje já é o vice-artilheiro da equipe na Série B do Campeonato Brasileiro. Dois dos seus gols foram anotados na goleada de 4 a 0 sobre o Paysandu, na última terça-feira, que serviu para encerrar um jejum de quatro partidas. De quebra, trouxe paz para o clube que está em sua semana de comemoração pelos 118 anos de existência. Inclusive, hoje, na Via Áppia, em Valinhos, será realizada a festa de aniversário com a presença de dirigentes, torcedores e autoridades locais. Junto a isso, a Macaca vive a expectativa do reencontro com seu torcedor, terça-feira, às 21h30, no Moisés Lucarelli, enfim liberado depois de oito partidas de punição com portões fechados e mandos longe de Campinas. A partida será contra o Criciúma. Para este baiano de 23 anos, descoberto atuando em um campeonato de futebol amador de sua região, o momento pessoal é único. "Estou vivendo a melhor fase da minha carreira", conta. Recentemente, Junior recebeu a homenagem de "personalidade do ano" em sua terra natal e contou que passou por muitas dificuldades até chegar ao Majestoso. "Sempre diziam que eu tinha talento, mas desisti muito cedo. Aos 16 anos, por conta de problemas que prefiro não relembrar, acabei parando com tudo. Mas, aos 20 anos, um amigo me viu jogando e indicou para o Osvaldo Cruz (time da 4ª Divisão de São Paulo)" , recorda. Lá, sob o comando do técnico Luciano Baiano, que foi lateral da Ponte Preta no início dos anos 2000, ganhou destaque e pouco depois já estava assinando contrato com o Ituano. "Saí da Bahia a primeira vez quando já tinha 22 anos. Não tive base como outros atletas, que passam pelo sub-15, 17 e 20. Já fui direto para o profissional. Mas sempre falo que não adianta só ter talento. Tem que abrir mão de muitas coisas e se dedicar bastante", ensina. Para ele, é preciso sempre querer um pouco mais para se destacar no futebol. "Se teu companheiro treina 1h por dia, faça 1h20. Se ele fizer 100 abdominais, procure fazer 200. Só assim será possível superar as dificuldades." Junior Santos conta que se sente feliz por ser tratado como orgulho da família e de sua cidade. A única coisa que o deixa abatido é a saúde frágil do pai, Antonio. "Ele sempre me incentivou e tinha o sonho de me ver jogando. Só que, no começo do ano, teve um derrame e não me reconheceu quando fui fazer uma visita. Fiquei triste, mas tenho esperança que ele se recupere." 

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