João Brigatti quer esquecer passado para reagir

Na sua primeira declaração oficial, o técnico da Ponte Preta, João Brigatti, encaminhou uma proposta de zerar todos os erros e fatos negativos que levaram a Macaca para a zona do rebaixamento e na sequência construir uma nova realidade a partir de segunda-feira, às 18h30, quando a equipe joga contra o Vila Nova, na casa do adversário. "O nosso desafio é esquecer o passado. Precisamos focar nessas três decisões, começando pelo Vila Nova", explicou. 

"É o momento de ter o apoio de todos para mudar o nosso astral. Precisamos ser positivos e alegres dentro do clube. Depois a gente pensa no que precisa mudar", disse Brigatti, que afastou a hipótese de se conformar com a presença da equipe dentro da Série C de 2025. "Precisamos manter a Ponte na Série B. Eu já disputei Série C, é um campeonato diferente, que precisa de muito cuidado. A Ponte não cabe na Série C", completou. 

A intenção de Brigatti é queimar etapas e estabelecer um plano de trabalho capaz de extrair todo o potencial técnico do elenco. A missão é facilitada, segundo ele, pelo fato de ter atuado com boa parte dos atletas no começo da Série B. "A gente conhece o elenco, temos pouco tempo de treinamento. Os jogadores me receberam bem, e eu tive a oportunidade de dar uma satisfação a eles sobre a minha saída", disso o treinador, que reforçou o desapego que tem ao cargo.

"Eu abri mão de uma situação, mesmo com tanto desemprego no Brasil e um salário bom aqui na época, porque entendia que era o melhor para a equipe (sair da função de treinador). São situações que já passaram e agora a gente vive esses três jogos importantes. Vamos dar a vida para manter a Ponte Preta na Série B do Brasileiro", apostou. 

Entender o instante vivido no campeonato, segundo João Brigatti, foi fundamental para tomar a decisão de pedir demissão após a derrota para o Ituano. "Naquele primeiro momento, era um momento de transição entre competições (do Campeonato Paulista para a Série B), com atletas novos. Não tinha encaixado. Eu vi que as coisas não estavam andando, e por isso a minha saída.

" Ao contrário da passagem anterior, quando iniciou sua trajetória como coordenador de futebol e depois efetivado como treinador, João Brigatti assegura que, desta vez, a estadia será por apenas três jogos, ou seja, contra Vila Nova (GO), Sport (PE) e Avaí. 

"Não serei o treinador da Ponte em 2025. Pelo que me falaram tem até alguém já acertado ou apalavrado com o presidente para o Paulista. Venho mesmo para tentar resolver com o elenco nessas últimas três partidas apenas. A gente está em um momento bem difícil e sente a pressão externa e interna", explicou o técnico.

AJUDA

Para o treinador, a sua função até o final de novembro é auxiliar a equipe a reencontrar o potencial técnico exibido em diversos trechos da Série B. "Eu não venho aqui para apagar incêndio. Não quero rotular nada. Quando se trata de Ponte Preta, o coração fala mais alto. A gente precisa ser profissional, analisar o momento que a gente está vivendo, um momento difícil, mas ainda depende da Ponte Preta. Só depende da gente. Se a gente conseguir os resultados, a gente vai conseguir sair", completou o técnico. 

Segundo o Departamento de Matemática da Universidade Federal de Minas Gerais, a Macaca tem 60% de probabilidade de queda, mesmo índice calculado pelo matemático Tristão Garcia, do site Infobola. 

Em relação aos preparativos para o confronto com o Vila Nova, a Ponte Preta já sabe que não contará com Gabriel Risso, expulso contra o Paysandu. No Departamento Médico estão entregues os zagueiros Joílson e Mateus Silva, o lateral-direito Luiz Felipe e os atacantes Iago Dias e Jeh.

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