Interino comanda o Bugre no dérbi

O Guarani definiu o seu comandante para o clássico de domingo, contra a Ponte Preta, no Brinco de Ouro, em duelo da sexta rodada da Série B do Campeonato Brasileiro. Mas ainda não se trata de um substituto definitivo para o lugar de Daniel Paulista, demitido na quarta-feira.

Ben-Hur Moreira, de 44 anos, trabalha como auxiliar fixo do Bugre desde agosto de 2020. Ele chegou na transição de comissão técnica após a saída de Thiago Carpini e permaneceu com trabalhos de Ricardo Catalá, Felipe Conceição, Allan Aal e Daniel Paulista.

Ex-jogador e auxiliar de clubes como Novo Hamburgo, Ituano, Vila Nova e ABC, Moreira foi respaldado pelo presidente Ricardo Moisés para o dérbi 203 deste final de semana.

“A gente confia muito no trabalho do Ben-Hur. O Guarani nos últimos anos tem lançado grandes técnicos como Umberto Louzer e Thiago Carpini. Eles começaram na condição de interino assim como será no dérbi deste domingo com o nosso auxiliar. O momento é de dar confiança ao profissional que sempre mostrou muita competência aqui”, explica o dirigente em entrevista coletiva. 

“Vamos analisar o comportamento da equipe com o comando do Ben-Hur. A partir de domingo vamos avaliar cada situação. Neste momento não vamos debater novos nomes ou sondar algum profissional. Vamos ver a reação do Guarani neste clássico. O nosso elenco é muito unido e vamos demonstrar isso ao longo da competição”, ressalta. 

Dérbi vem aí

Ben-Hur Moreira comanda nesta sexta-feira seu terceiro treinamento com o plantel pensando no clássico. O técnico interino iniciou os trabalhos na quarta-feira contando com a presença de Giovanni Augusto. Já o volante Rodrigo Andrade e o atacante Júlio César fizeram atividades limitadas por conta do desgaste muscular dos últimos jogos.

No entanto, o profissional ainda não sinalizou mudanças na equipe titular. A tendência é que a comissão técnica foque no comportamento dentro de campo, mas com manutenção da base dos jogadores que estão atuando nas últimas partidas.

“A gente sabe da importância do clássico e da hegemonia do Guarani. Mas é uma convicção da nossa diretoria que a gente precisava oxigenar e acabar com as oscilações. Acreditamos que essa mudança pode oferecer um comportamento diferente a partir de domingo”, reitera Ricardo Moisés.

O dirigente explicou que a mudança de Daniel Paulista foi debatida ao término do Campeonato Paulista, mas naquele momento o departamento de futebol entendeu que a continuidade seria a melhor estratégia pensando na Série B do Campeonato Brasileiro. Mas diante de novas oscilações, principalmente em derrotas para Brusque e Grêmio, a saída do antigo treinador foi a escolha da direção.

“Nós confiamos muito no trabalho do Daniel Paulista. Acompanhamos os treinamentos e sabíamos do potencial dele. A hora certa de trocar é sempre discutível. O Conselho de Administração entendeu que ele merecia respaldo em outros momentos da temporada, mas infelizmente as oscilações prosseguiram e a nossa opção foi pela troca”, comenta Moisés.
Enquanto Ben-Hur Moreira e a comissão técnica permanente preparam o time para o clássico deste domingo, o departamento de futebol segue em busca de um novo treinador. Ex-treinador de Vasco e Ponte Preta, Jorginho Campos chegou a ser procurado, mas declinou do convite. Outros nomes como Elano, Felipe Conceição, Vinicius Bergantin, Enderson Moreira e Marquinhos Santos foram analisados.

“São nomes vitoriosos no mercado, mas o Guarani não conversa com nenhum treinador no presente momento. Está definido pela gestão que vamos com Ben-Hur e o nosso foco é dar o suporte necessário para realizar um grande jogo no domingo”, encerrou Ricardo Moisés.