Com o contrato renovado, Hélio dos Anjos acredita em uma temporada produtiva em 2023 (Álvaro Jr./PontePress)
A derrota da Ponte Preta para o CSA pelo placar de 2 a 0 na noite da última quinta-feira, em partida realizada no Estádio Moisés Lucarelli, deixou o torcedor preocupado. Não pelo fato, óbvio, da situação na tabela de classificação, uma vez que a vida está resolvida, sem chances de acesso, mas também com zero risco de rebaixamento. O que fez com que parte da torcida ficasse apreensiva acabou sendo a postura do time dentro de campo.
Afinal de contas, logo aos 29 segundos de jogo, Mateus Silva falhou na marcação de Osvaldo e permitiu que o atacante avançasse até a área e deixasse o artilheiro Rodrigo Rodrigues de frente para o gol. Sem demonstrar poder de reação, a equipe até teve chances para balançar as redes, porém não era a noite da Macaca. Sem o meia Fessin e o atacante Lucca, entregues ao departamento médico, o técnico Hélio dos se viu obrigado a manter Echaporã e Ribamar como dupla de ataque.
O resultado foi inédito. O CSA nunca havia vencido a Alvinegra no Majestoso. Agora, com cinco confrontos de jejum, sendo dois empates e três derrotas, o time campineiro continua estacionado nos 45 pontos. Diante do cenário descrito, o treinador evitou falar em ‘terra arrasada’, optando por um discurso de trazer tranquilidade à nação pontepretana e enfatizar que as coisas estão sob controle.
Além disso, a questão das dificuldades financeiras, como possíveis atrasos nos pagamentos de salários dos jogadores e funcionários foi descartada por Hélio. Na visão do professor, o presidente Marco Antônio Eberlin segue honrando com os compromissos - no momento da assinatura da renovação de contrato da comissão técnica, ao longo da semana, o mandatário realizou o pagamento de uma folha salarial.
“A busca de uma melhor colocação na tabela tem que acontecer sempre. Nós não estamos de férias, não existe relaxamento na programação. O que existe é uma programação física e técnica. Sabemos que é um momento de tirar a carga e realizar um trabalho de recuperação, isso é natural. Ninguém dentro do clube vai tratar isso como terra arrasada, até porque o trabalho existe desde o início. Erramos, sim, como tomar um gol aos 29 segundos por conta de relaxamento mental, mas serve de aprendizado”, analisou o comandante, em entrevista coletiva.
"Tudo está absolutamente normal. Os salários estão totalmente em dia. Eu sempre falo que o presidente precisa resolver fora do vestiário essas questões porque graças a Deus a gente tem o grupo fechado conosco. Não enfrentamos problemas neste sentido e as coisas estão caminhando dentro da possibilidade da Ponte Preta para a próxima temporada", emendou.
Outro assunto abordado por Hélio na coletiva acabou sendo a questão do planejamento para 2023. Um dos principais objetivos da diretoria passa a ser renovar contrato de jogadores considerados importantes para o plantel. De acordo com apuração do Correio Popular, o goleiro Caíque França, o zagueiro Fábio Sanches e o meia-atacante Fessin, que são titulares da equipe, estão entre as prioridades.
Nomes como o lateral-esquerdo Artur, o meia Élvis e o atacante Lucca, que possuem vínculo até 2023, foram dados como permanência garantida - condição imposta pelo técnico Hélio dos Anjos para a renovação de seu contrato, já que existia a possibilidade de algum deles ser liberado da disputa da Série A2 do Campeonato a fim de aliviar a folha salarial.
“O presidente esteve durante a semana na concentração conversando com jogadores para renovar contrato. Inclusive, esteve no hotel também. Isso é muito legal porque acaba motivando os outros jogadores, todo o grupo. Ele está todo tempo discutindo situações mesmo com uma pancada atrás da outra. Costumo dizer que o Marco (Eberlin) dá piruetas para resolver as pendências. Todos estão mobilizados pelo clube e vamos superar as dificuldades”, encerrou.
