Treinador Hélio dos Anjos enaltece raça da equipe, principalmente após a Ponte Preta ter ficado com um jogador a menos (Álvaro Jr/Ponte Press)
Hélio dos Anjos ficou satisfeito com a postura apresentada pela Ponte Preta na noite da última quinta-feira, quando a equipe venceu o CSA no Estádio Rei Pelé e quebrou um jejum de cinco partidas sem vencer na Série B do Campeonato Brasileiro.
O treinador não contou com o volante Felipe Amaral, suspenso, mas teve o retorno do zagueiro Fábio Sanches. Além disso, perdeu o jogador de meio-campo Léo Naldi momentos antes da bola rolar por conta de intoxicação alimentar.
Com muita superação e demonstrando o espírito de trabalho coletivo, a Macaca ainda teve um atleta a menos durante boa parte da etapa complementar - Wesley Fraga levou cartão vermelho por entrada dura aos 16 minutos.
Mesmo que a Alvinegra já estivesse na frente do placar, soube administrar o resultado e ofereceu poucos lances de perigo ao adversário, que tinha ao lado do clube campineiro o pior ataque da competição com apenas nove bolas na rede.
"Tivemos um foco de infecção estomacal em sete pessoas. Eram três jogadores, inclusive o que teve a expulsão, o Wesley Fraga. Eu pedi para ele jogar, porque já tinha perdido o Léo Naldi. Entramos com alguns problemas, mas superamos", analisou o comandante, em entrevista coletiva depois do jogo.
"Foi um dia de extrema superação e de crescimento de todo o grupo. Ganhamos de um adversário direto, com qualidade e alta capacidade financeira de contratar. Isso fortalece o grupo", emendou.
Ao vencer o CSA, a Macaca, com o resultado, ultrapassou o Azulão na tabela de classificação. Apesar de ainda não conseguir sair da zona de rebaixamento ao término da décima sétima rodada, a vitória faz com que o ânimo não só do elenco, mas também de toda a comissão técnica fique um pouco melhor.
Um fato positivo que pode ser destacado é a evolução do sistema defensivo. Dos últimos quatro duelos, a Ponte Preta obteve o clean sheet (finaliza sem sofrer gols) em três deles: Sampaio Corrêa, Tombense e, claro, diante dos próprios alagoanos.
"Sabemos que temos que melhorar muito. Mas estamos há três jogos sem tomar gol, com consistência boa. Estávamos há cinco jogos sem ganhar, agora são quatro sem perder e três sem sofrer gol. Isso, não tenham dúvidas, é gratificante e importante para nós, sinal que o trabalho pode estar começando a encaixar. Temos jogado bem nos duelos, era natural que uma hora ganharíamos", disse.
Assim como aconteceu durante o mês de junho, em que apenas Lucca marcou gols pela Ponte, o sétimo mês do ano iniciou da mesma forma. Com o tento em Maceió, o atleta da Macaca lidera de forma isolada a artilharia da Série B com oito gols. Em números gerais, o camisa 10 tem 14 dos 20 gols feitos pelo time em toda a temporada.
Entrevistado logo após o apito final, o principal nome da Nega Véia falou da importância dos três pontos e também sobre uma possível lesão muscular que sentiu e precisou ser substituído.
“Fizemos um grande jogo. Primeiro tempo, na parte final, a gente sentiu um pouco, mas tivemos o controle, sem muitos sustos, mesmo com um a menos. Chegaram muito mais na bola alçada. Resultado importante, embate de seis pontos. A gente precisava muito”, destacou o atacante.
“Acabei sentindo um desconforto, pensei que não ia conseguir ajudar o time e pedi para sair. Reconheci que o momento pedia por precaução”, acrescentou.
O que vem por aí?
O elenco da Ponte Preta retornou do nordeste brasileiro nesta sexta-feira. A reapresentação está marcada para este sábado, quando vai começar a preparação visando o confronto diante do Criciúma. O jogo será no Estádio Heriberto Hulse, em Santa Catarina, na sexta-feira, dia 15, às 19h.
Suspensos, o lateral-direito Bernardo e o zagueiro Thiago Oliveira não viajarão ao sul do país.
