Vitória diante do Ituano anima o elenco da Ponte Preta que acredita em nova fase na Série B do Brasileiro (Diego Almeida/Ponte Press)
Hélio dos Anjos ficou aliviado após a Ponte Preta voltar a vencer na Série B do Campeonato Brasileiro.
Até a partida diante do Ituano, no Novelli Júnior, a Macaca tinha uma sequência negativa que já durava cinco rodadas - dois empates e três derrotas. Além disso, o que mais preocupava a comissão técnica e também o torcedor pontepretano era o fato da equipe não desempenhar um bom futebol e principalmente vencer atuando longe do Estádio Moisés Lucarelli.
A última vitória da Alvinegra fora de Campinas havia acontecido no dia 09 de fevereiro, ainda pela quinta rodada do Campeonato Paulista, quando despachou a Ferroviária em Araraquara pelo placar de 2 a 1 com gols de Lucca e Ribamar.
"Dá uma aliviada a todos nós. Ao clube, aos torcedores e aos jogadores. Eu sempre falei para eles treinarem para eles, trabalharem para eles que o resultado chegaria. Eles se esforçam muito. Na terça-feira tivemos um time equilibrado. Enfrentamos um adversário com modelo de jogo definido desde a Série C do ano passado. Sabíamos que a dificuldade seria muita na bola na área e cruzamentos laterais", analisou o comandante, em coletiva de imprensa.
"Você não finaliza uma série de cinco embates sem vencer sem sofrer. A carga é muito pesada. Vamos sofrer, mas sofremos dentro da normalidade e estou extremamente feliz", adicionou.
Com o resultado, a Nega Véia deu um salto na tabela de classificação - começou a décima primeira rodada na vice-lanterna e, agora, está com 12 pontos e fora da tão temida zona de rebaixamento.
Das quatro alterações que a Ponte Preta teve no time titular, a que mais chamou a atenção foi o retorno de Fessin no sistema ofensivo na vaga de Echaporã. O camisa 20 teve atuação importante ao longo do jogo, como por exemplo ter sido o atleta que sofreu a penalidade máxima e o responsável por tabelar com Lucca no meio de campo possibilitando o segundo gol.
"Durante a preparação, conversando com a comissão técnica, falei que Fessin no momento era o jogador com o melhor nível técnico do elenco. Tem mobilidade e entrou bem em todos os jogos. Apostamos. Ele ofereceu condição para nós", disse.
Outro assunto abordado pelo professor foi sobre Lucca. O capitão chegou a 19 duelos na temporada e marcou 11 gols - igualando o número de tentos feitos nos últimos três anos quando defendeu o Al-Khor, do Catar, e o Fluminense em 2020 e 2021.
Fato que chama a atenção é a média de praticamente superior a meio gol por jogo do atacante até aqui.
"Se nós dependemos do Lucca para fazer gols, as pessoas têm que entender que os jogadores dão um suporte para ele taticamente. Não posso exigir dele intensidade na marcação de saída de bola, bater nos dois zagueiros dos dois lados. Nada disso", justificou.
"Ele tem que ser decisivo, sim, porque desde que veio para cá a esperança de todos era de um Lucca sendo o diferencial, como tem sido. E tomara que continue assim. Não tem problema ele fazer todos os gols da Ponte. Que faça, e que nós vençamos", emendou.
Hélio dos Anjos, sempre que pode, gosta de enfatizar a força do grupo completo, desde os que começam jogando como também os suplentes, que entram no decorrer da partida. O treinador aproveitou para destacar as substituições realizadas na etapa complementar.
"Para mim, quem definiu o jogo no segundo tempo foram todos que entraram. Tínhamos dificuldades num setor em que você não pode perder, mas a entrada do Moisés Ribeiro controlando o jogo, o Wallisson encaixando ali e a dobradinha do Bernardo com o Formiga na direita nos deram a sustentação necessária para que saíssemos com a vitória", finalizou.
O próximo compromisso da Ponte é contra o Londrina. no sábado, às 16h30.
