SÉRIE B

Guarani tenta recomeçar em SC

Depois de um 1º turno desastroso, Bugre visita o Figueirense disposto a escrever uma nova história

Carlos Rodrigues
31/08/2019 às 11:14.
Atualizado em 30/03/2022 às 17:46

O Guarani fez um primeiro turno desastroso na Série B do Brasileiro. De 57 pontos possíveis, somou apenas 16, conquistou quatro vitórias e está na lanterna. O momento é bastante delicado, mas o Bugre quer escrever outra história na segunda metade do campeonato. Serão 19 decisões na luta contra o rebaixamento e a primeira delas é hoje, contra o Figueirense, às 16h30, no Estádio Orlando Scarpelli, em Florianópolis. A vitória sobre o Londrina, na última rodada, deu uma injeção de ânimo ao time, mas essa reação não pode parar por aí. É hora de emplacar uma sequência positiva para que a realidade comece a mudar. “Os últimos jogos já têm sido decisões. Sabemos que não tem mais espaço para erros. A reação precisa ser imediata”, diz o meia Arthur Rezende. “Ganhamos mais confiança para enfrentar o Figueirense com perspectiva de sair com a vitória e começar a deixar esse momento que é sombrio”. Com dificuldades para definir o novo treinador — Gilson Kleina e Jorginho não aceitaram propostas e René Simões não entrou em um acordo financeiro com o clube —, o Bugre será comandado mais uma vez de forma interina por Thiago Carpini. E é possível dizer que a partida em Florianópolis é mais um ‘laboratório’ para o auxiliar, que pode ver a possibilidade de efetivação crescer em caso de resultado positivo. “O jogo representa um recomeço. Fechamos o primeiro turno com uma vitória extremamente importante, mas agora começa o returno e tudo que passou vamos deixar para trás”, destaca Carpini. “É um novo ciclo e uma nova história”. Ontem, na capital catarinense, o Bugre encerrou a preparação para a partida, mas a escalação não foi confirmada. Há a possibilidade de repetição da equipe que derrotou o Londrina, mas Michel Douglas, desfalque na quarta-feira, pode voltar ao time. O atacante se recupera de um problema no joelho, participou da última atividade e a definição fica até momentos antes de a bola rolar. Caso Michel vá pro jogo, Bady ou Marquinhos devem perder posição. Já o Figueirense tenta espantar o péssimo momento. Dirigido por Vinícius Eutrópio, que deixou o Guarani recentemente, o Furacão do Estreito não vence há dez rodadas e se aproximou da zona de rebaixamento. O alento, porém, vem da parte financeira. Depois de uma polêmica que rendeu até W.O., o clube colocou todas as pendências em dia. Desafio do time é repetir as reações do Ceará e do ABC O Guarani inicia hoje o segundo turno da Série B do Brasileiro na última posição e na condição de um dos principais favoritos ao rebaixamento. A missão do Bugre é difícil, ainda mais considerando que apenas 23% dos times que chegaram a essa altura do campeonato na mesma situação conseguiram evitar a queda para a terceira divisão. Desde 2006, quando a Série B adotou a atual fórmula de disputa, três equipes de 13 foram capazes de alcançar a façanha que o Guarani vai tentar nas próximas 19 rodadas. O especialista nesse tipo de salvação é o Ceará. Em 2006, o Vozão virou o turno na lanterna, com apenas 15 pontos. Na segunda metade do campeonato, porém, buscou a recuperação e terminou em 15º lugar, com 45 pontos. A situação se repetiu em 2015. Naquele ano, o time cearense encerrou o primeiro turno com 14 pontos e parecia condenado à queda. Sob o comando de Lisca Doido, no entanto, a equipe cresceu de produção e conseguiu o que muitos consideraram um milagre, ao finalizar o torneio em 15º, com 45. O último caso em que o Bugre se espelha é o ABC. Em 2013, o clube potiguar somou 14 pontos no primeiro turno, mas com uma campanha de G4 na segunda metade, chegou a 46 pontos e foi o 14º. (CR/AAN)

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