Jogo de hoje contra o Operário marca a estreia do técnico Ricardo Catalá no comando do Bugre
Recuperado de covid-19 e motivado pelo nascimento do filho, Cristovam quer ajudar o Guarani a reagir (David Oliveira/Guarani FC)
Na estreia de Ricardo Catalá, o Gua<rani tenta a partir de hoje dar um novo rumo em sua trajetória na Série B. Com apenas uma vitória em sete rodadas, o Bugre busca a recuperação em jogo contra o Operário às 19h, no Estádio Germano Krüger, em Ponta Grossa (PR). Depois de acompanhar o empate com o Oeste de camarote, o novo treinador poderá ficar à beira do gramado e, ainda que com menos de uma semana de trabalho, dar um pouco da sua cara a uma equipe que vive péssima fase. Não bastasse o mau desempenho e os resultados negativos em sequência, o time também entra em campo com o peso de estar na zona de rebaixamento. Os jogadores, porém, preferem não olhar para a classificação e focam na reação. “Temos que pensar jogo a jogo, não lá na frente. Nossa briga primeiro é contra o Operário. A gente sabe que está devendo, deixamos escapar muitos pontos, mas vamos buscar fora de casa", diz o meia Lucas Crispim. "Temos que trabalhar. É falar menos e jogar mais", acrescenta o camisa 10. "É momento de ter calma e não ficar olhando a tabela. Claro que todos estamos preocupados com a situação da equipe pela fase difícil e alguns jogos sem vencer, mas precisamos pensar ponto a ponto. Assim como estávamos por cima no Paulista, agora estamos por baixo. Mas não vamos continuar nessa situação. Vamos melhorar e crescer", projeta o lateral-direito Cristovam. Ainda em fase de adaptação pela mudança na comissão técnica, o elenco bugrino espera já ir absorvendo a filosofia de Catalá. Na partida contra o Oeste, mesmo com apenas um dia de treino, foi possível observar uma equipe tentando ser mais vertical do que ficar insistentemente trocando passes. Aos poucos, outros conceitos também devem ser incorporados. Em relação ao time titular, a tendência é que não haja mudanças radicais, embora não se descarte alterações. Uma das novidades deve ficar no banco e é o meia Murilo Rangel, que foi regularizado e pode fazer sua primeira partida pelo Bugre.O Operário perdeu a invencibilidade na Série B com a derrota para o Avaí, mas tem 100% de aproveitamento jogando em sua casa. Para o jogo de hoje, o técnico Gerson Gusmão não terá o lateral-esquerdo Julinho e o zagueiro Rafael Bonfim, que cumpre suspensão. Por outro lado, o meia Tomas Bastos, recuperado de um incômodo no calcanhar, deve voltar à equipe. Depois de vencer a covid, Cristovam vira capitão Cristovam foi um dos mais de 4 milhões de infectados pelo novo coronavírus no Brasil. O lateral-direito do Guarani testou positivo ainda durante o Paulistão e teve que passar pelo período obrigatório de isolamento antes de retornar às atividades. Passado o susto, o jogador recebeu a esperada oportunidade e foi titular do Bugre nas últimas duas rodadas da Série B. De quebra, também ganhou a braçadeira de capitão. Agora sob o comando de Ricardo Catalá, o defensor vislumbra uma sequência para poder ajudar a equipe. Além de ter que conviver com os males causados pela covid-19, Cristovam também não teve a oportunidade de acompanhar o nascimento do filho. O tempo recluso não foi fácil. "Fiquei afastado durante 20 dias em um hotel, isolado de todos, e não pude ir para casa. Meu filho nasceu e eu fiquei 20 dias longe", conta. "O Guarani deu todo o apoio, tudo o que precisávamos. E agora estou me recuperando, retomando meu espaço, minha confiança, e espero contribuir da melhor maneira para o clube". De olho na recuperação dentro do Brasileiro, o lateral busca usar a experiência para exercer o papel de líder dentro do grupo. Na figura de capitão, ele pede um comportamento diferente da equipe hoje para, quem sabe, iniciar uma subida na tabela. "A partir do momento em que veste essa camisa, tem pressão. O momento é de ter uma postura diferente daqui para frente. Vamos lutar para sair dessa situação e almejar coisas maiores". (CR/AAN