Pela primeira vez, Bugre larga na competição com derrotas nas duas primeiras rodadas
Volante Mateus Sarará foi expulso na derrota diante do Brusque (Lucas Gabriel Cardoso/Brusque FC)
Bastaram duas rodadas na Série C do Campeonato Brasileiro para o Guarani registrar mais uma marca negativa em sua história recente, algo que se repete desde a desastrosa temporada de 2024. Com derrotas para o Maringá-PR por 3 a 2 no Brinco de Ouro e para o Brusque por 1 a 0, no último domingo, em Santa Catarina, o Bugre acumula seu pior início na terceira divisão. Em nenhuma das seis edições anteriores o time havia perdido os dois primeiros jogos. O cenário mais negativo até então era de ao menos um ponto somado nas duas rodadas iniciais.
Os piores começos antes de 2025 foram em 2007, 2014 e 2015, e em nenhuma dessas temporadas o acesso foi conquistado. Na primeira participação na Série C, há 18 anos, o Guarani estreou com derrota por 2 a 0 para o Jaguaré, fora de casa, e empatou em 0 a 0 com o América-RJ no Brinco. Situação semelhante ocorreu em 2014, com revés por 1 a 0 diante do São Caetano no ABC e empate em 1 a 1 com o Madureira-RJ como mandante – o jogo foi realizado em Americana. Em 2015, o time empatou por 1 a 1 com o Guaratinguetá, fora de casa, e perdeu em casa para o Londrina por 2 a 1.
CAMPANHA
Nas outras três participações, o Guarani somou quatro pontos nas duas primeiras rodadas. Em 2008, empatou com o Madureira por 0 a 0 no Brinco e venceu o Ituano por 2 a 1, em Itu. Em 2013, repetiu a sequência com novo 0 a 0 contra o Madureira no Rio e triunfo por 1 a 0 sobre o Mogi Mirim em Campinas. A única vez em que o Bugre estreou com vitória foi em 2016, sua última participação, com 4 a 0 sobre o Guaratinguetá no Brinco e empate por 1 a 1 com o Tombense em Minas. Em 2008 e 2016, o acesso foi conquistado, mas em 2013 o time permaneceu na Série C. O Bugre nunca somou 100% nas duas primeiras rodadas.
RETROSPECTO
Buscando reação em 2025, o Guarani visita o Caxias na segunda-feira e tenta manter um tabu. Se na rodada passada o Bugre buscava a primeira vitória contra o Brusque em SC, agora o cenário é favorável. No Estádio Centenário, casa do Caxias, foram cinco jogos, com quatro vitórias do Guarani e um empate. O saldo no local é de seis gols marcados e apenas um sofrido.
No histórico geral, incluindo jogos em Campinas, são dez confrontos, com ampla vantagem bugrina: sete vitórias, dois empates e apenas uma derrota, registrada na Série C de 2013, quando o Caxias venceu por 1 a 0 no Brinco de Ouro. Ao todo, o Guarani marcou 19 gols e sofreu sete.
DUELO
O último confronto foi em 2015, pela Série C, quando o Bugre venceu por 5 a 3 no Brinco, com três gols de Fumagalli — dois de bola parada (falta e pênalti). Já o primeiro encontro entre os times ocorreu na campanha do título brasileiro de 1978, com vitória do Guarani por 3 a 0, gols de Renato (2) e Mauro, no dia 4 de junho, em Campinas.
MUDANÇAS
Para manter o bom retrospecto, o Bugre tenta superar os desfalques. Interinamente no comando após a demissão de Maurício Souza, o auxiliar Marcelo Cordeiro não contará com os volantes Mateus Sarará e Anderson Leite, expulsos na última rodada. O meiocampo deve ter Nathan e Caio Mello, além de um meia-atacante, com opções entre Isaque, Pablo Baianinho e João Victor. O prata da casa Vinicius Yuji deve ser a alternativa no banco para a posição de volante.
Novo técnico
O Guarani vai finalizar a semana de preparação com o técnico interino Marcelo Cordeiro e sem qualquer expectativa de anúncio de um novo nome para o cargo.
A diretoria alviverde discute internamente alguns nomes, mas ainda não chegou em um denominador comum. A demissão de Maurício Souza repete o que foi feito em 2024, no início da Série B, quando a mesma diretoria desligou Claudinei Oliveira após a intertemporada.
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