contas de 2018

Guarani tem nova batalha jurídica

O Guarani terá outra disputa política resolvida na Justiça. Depois das contas referentes ao ano passado terem sido aprovadas com ressalvas

Carlos Rodrigues
05/04/2019 às 10:53.
Atualizado em 04/04/2022 às 10:09

O Guarani terá outra disputa política resolvida na Justiça. Depois das contas referentes ao ano passado terem sido aprovadas com ressalvas em assembleia realizada na última sexta-feira, a mesa que presidiu a reunião desconsiderou em ata oito votos favoráveis ao balanço financeiro e mudou o resultado da votação. O Conselho de Administração contesta a decisão e promete ações criminais, além de sanções internas aos responsáveis. O resultado da votação na semana passada foi de 62 para a aprovação com ressalvas e 56 para reprovação, além de três abstenções. No entanto, a ata assinada por Vicente Paulo Souza, presidente da mesa, Antonio Carlos da Silva Romeiro, secretário, além de outros cinco associados, diz que oito votos foram computados indevidamente. A alegação é baseada no artigo 135 do estatuto: 'É vedado aos integrantes dos Conselhos do Clube, Comissões ou de ocupantes de cargos executivos participar de qualquer deliberação em que tenha interesse conflitante, cumprindo-lhes cientificar do impedimento, constando a extensão do seu interesse e igualmente abstendo-se do voto na respectiva situação'. Assim, não poderiam participar, além do presidente Palmeron Mendes Filho, outros quatro membros do Conselho de Administração (Carlos Aparecido Queiroz, Gilberto Moreno Souto, Marcos José Lena e Ricardo Miguel Moisés), dois membros do Conselho Fiscal (Acácio Amaral Barbosa e Cláudio Luís Valente), além do superintendente executivo Marcelo Tasso. Com os votos anulados, o resultado passa a ser de 54 para a aprovação com ressalvas e 56 para a reprovação. Essa decisão, no entanto, é questionada pelo Conselho de Administração com base em algumas alegações. Uma delas é de que a mesa não pode alterar em ata o que foi definido na reunião. Outro argumento é de que se os membros do Conselho Fiscal devam ser impedidos de votar, isso deveria acontecer também com o Conselho Deliberativo, que emitiu parecer de reprovação das contas. Por fim, outra justificativa é que, na listagem divulgada pelo site oficial do clube dos sócios aptos a participar da assembleia, todos aqueles que tiveram seus votos anulados constavam na relação. O que eles disseram “Temos que ver e sanar a irregularidade. A parte que se achar prejudicada logicamente terá meios de recorrer à próxima assembleia administrativamente ou em juízo”, afirmou Paulo Souza. “Nós estamos diante de um ato arbitrário cometido por sete pessoas. Sete pessoas vinculadas à chapa de oposição e que, infelizmente, em tese, praticaram um crime ao alterar a ata da assembleia”, rebateu Palmeron Mendes Filho.

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