Balanço da campanha doBugre no primeiro turno serve de alerta na luta por reação imediata
Mozart confia na união do grupo para buscar a reabilitação na Série B do Campeonato Brasileiro (Márcio Cunha / Especial para Guarani FC)
Depois de finalizar o primeiro turno da Série B do Campeonato Brasileiro com um empate diante da Chapecoense, em Santa Catarina, o elenco do Guarani tem reapresentação agendada para esta sexta-feira (22).
Mas, antes do início da segunda metade da competição, é necessário realizar um balanço de como foi o desempenho do Bugre em 19 rodadas da segunda divisão nacional. Para começar, os números como mandante estão longe de serem bons e, claro, prospectados pelo Conselho de Administração.
Em 10 duelos com o apoio do torcedor - vale destacar que, contra o Vasco, a partida aconteceu na Arena da Amazônia -, o Alviverde possui a quarta pior campanha, sendo somente duas vitórias (na quarta rodada diante Criciúma e na décima sétima ao bater o líder Cruzeiro), cinco empates e três derrotas. Com isso, conquistou 11 pontos de 30 possíveis.
Já atuando longe de seus domínios, o Guarani é dono também da quarta pior campanha. Dos nove confrontos, um único triunfo (Novorizontino, na décima segunda rodada), além de quatro igualdades e quatro tropeços. Sete pontos conquistados de 27 disputados.
No geral, o Guarani finalizou na vice-lanterna da competição (à frente apenas do Vila Nova), com três vitórias, nove empates e sete derrotas. De 57 pontos possíveis, 18 conquistados - o que resulta em um aproveitamento pouco superior a 31%. Para se ter uma ideia do momento instável, em 2021 o cenário era completamente diferente.
O Bugre estava brigando na parte de cima da tabela, onde correu atrás do acesso até as últimas rodadas. Na sexta colocação, o Alviverde já tinha ganho a essa altura 30 pontos e estava a três de distância para o G-4.
Outro fato que não saiu como esperado acabou sendo a presença de público no Estádio Brinco de Ouro da Princesa. Com uma média de 6.150 torcedores nos 10 embates como mandante, o Guarani obteve a sétima melhor média de torcida, atrás de Sport, Criciúma, Grêmio, Bahia, Vasco da Gama e Cruzeiro. Agora, no returno, a expectativa é de que esse número aumente, afinal de contas, receber o apoio das arquibancadas e ter o Brinco lotado sempre foi uma boa alternativa para a equipe.
Sistema ofensivo
Na primeira metade da Série B, o ataque do time comandado por Mozart Santos não foi nada bem. Ao lado do Vila Nova, o Alviverde balançou as redes em apenas 11 oportunidades, uma média inferior a um gol a cada 90 minutos.
Por outro lado, em chances criadas e finalizações certas, ou seja, em direção à meta adversária, o clube de Campinas liderou. Sendo 101 chutes que exigiram defesa do goleiro, o Guarani tem, em média, 5,32 chutes. Falta calibrar o pé e, consequentemente, ser efetivo na frente do gol. O assunto, inclusive, foi tema de entrevistas anteriores do treinador e é muito discutido internamente - reforços para a posição não estão descartados por Rodrigo Pastana, executivo de futebol.
10 jogadores fizeram gols pelo time nos 11 tentos feitos até aqui no campeonato. O lateral-direito Matheus Ludke e Diogo Mateus, os volantes Leandro Vilela, Silas, Rodrigo Andrade e Madison, o meio-campista Giovanni Augusto, além dos atacantes Bruno José e Lucão do Break marcaram uma vez, ao passo que o lateral-esquerdo Matheus Pereira, que não faz mais parte do elenco bugrino, tem dois.
Sistema defensivo
A zaga do Bugre foi vazada 21 vezes e ocupa o posto de quinto pior time no quesito. Nos jogos anteriores Mozart encontrou a dupla de zaga considerada ideal. João Victor e Derlan têm figurado no miolo de zaga e ganharam a confiança do comandante.
Atualmente, o Alviverde possui à disposição para o setor, além dos titulares, Bruno Bianconi, Ernando, Ronaldo Alves e Tití.
Com a janela de transferências aberta, é possível que os dirigentes procurem outro defensor para compor o grupo.