O volante Anderson Leite durante a derrota para o São Bernardo: remanescente de 2024 (Raphael Silvestre\Guarani FC)
Passadas cinco rodadas da Série C do Campeonato Brasileiro de 2025, o Guarani repete o início da campanha da Série B do ano passado, que culminou com o rebaixamento. Depois do seu quinto compromisso na segundona de 2024, o Bugre tinha derrotas nos três primeiros duelos, vitória no quarto e outra derrota no quinto. A sequência é igual à registrada na atual temporada, com aproveitamento de 20%. Outra coincidência foi o tempo que levou para a queda do técnico que iniciou as competições: em 2024, Claudinei Oliveira caiu após o segundo jogo, assim como aconteceu com Maurício Souza neste ano. Na temporada passada, o Guarani encerrou a quinta rodada com 3 pontos, dentro da zona de rebaixamento. Na atual, está com a mesma pontuação e também dentro do Z4.
TROCAS
O planejamento equivocado, marca do clube antes e durante a última Série B, se estende para o atual momento, quando, junto com a nova comissão técnica, liderada por Marcelo Fernandes, assumiu uma outra composição da diretoria de futebol, com Farnei Coelho na função de executivo e Elano na de coordenador. Há um ano, depois da saída de Claudinei Oliveira, o técnico Júnior Rocha foi apresentado ao lado de Toninho Cecílio, o então novo executivo, que ocupou a vaga deixada pelo interino Danilo Silva.
REFORÇOS
Hoje, assim como há um ano, o assunto, depois da série inicial de fracassos, gira em torno de uma ação contundente do clube no mercado na janela de transferência para tirar o time da parte de baixo da tabela. A qualificação do grupo, no atual estágio, requer a contratação de jogadores mais experientes, como manifestou Fernandes após a derrota para o São Bernardo por 1 a 0, sábado, no Brinco de Ouro. “A média de idade do nosso time é de 22 anos e sabemos que a média das equipes da Série C que sobem é de 28 anos”, comparou. “Vamos dar experiência a essa molecada. O time é bom, mas precisa de mais rodagem.” A janela ficará aberta entre 2 e 10 de junho.
RETROSPECTO
Na segundona de 2024, Cecílio foi o responsável pelas contratações do lateral-direito Pacheco, dos zagueiros Matheus Salustiano e Renê Santos, do volante Gabriel Bispo e do atacante Daniel dos Anjos. Desses, Pacheco, Salustiano e Bispo foram titulares. Na sequência, Toninho foi demitido e substituído por Rodrigo Pastana, o responsável pela montagem do atual elenco bugrino.
REBAIXAMENTO
A campanha na Série B do ano passado foi uma das mais decepcionantes da história do Guarani. A equipe ficou fora da zona da morte em apenas uma rodada e passou praticamente o campeonato inteiro na lanterna. Depois de um início muito abaixo da média, o Bugre demorou muito para conseguir se recuperar e, na sequência, não teve forças para escapar do pior. Os resultados nas cinco primeiras rodadas foram os seguintes: Vila Nova 2 x 0 Guarani, Guarani 0 x 1 Chapecoense, Santos 4 x 1 Guarani, Guarani 2 x 0 Botafogo e Coritiba 1 x 0 Guarani. Já na atual Série C, a sequência registra Guarani 2 x 3 Maringá, Brusque 1 x 0 Guarani, Caxias 2 x 0 Guarani, Guarani 2 x 1 Botafogo-PB e Guarani 0 x 1 São Bernardo.
FUTURO
Na sexta partida da segunda divisão do ano passado, o time de Campinas voltou a ser derrotado – caiu diante do América-MG por 2 a 1, fora de casa – e só conseguiu ganhar novamente na 18ª rodada. Agora, na Série C, a expectativa é de que as coincidências com a desastrosa temporada de 2024 já cessem a partir de sábado, quando o adversário será o Floresta, às 17h, no Ceará. A primeira fase da terceira divisão tem 19 rodadas. Os oito primeiros avançam à fase final e os quatro últimos são rebaixados.
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