Bugre perde do Goiás por 2 a 0 e novamente desperdiça a chance de terminar uma rodada no G4
O lateral-esquerdo Pará escapa com a bola dominada no confronto direto com o Goiás: sem tempo para lamentar, Bugre já volta a campo na sexta (Leandro Ferreira/AAN)
O Guarani tinha o objetivo de entrar pela primeira vez no G4, mas novamente ficou só passando vontade. No confronto direto pelas primeiras posições, o Bugre teve momentos de bom futebol, mas depois não conseguiu segurar o embalado Goiás e perdeu por 2 a 0, nesta terça-feira à noite, no Estádio Brinco de Ouro, pela 25ª rodada da Série B do Brasileiro. Lucão e Caíque Sá marcaram os gols da quinta derrota do time em casa no campeonato. O resultado, além de frear bastante a empolgação, deixou a equipe um pouco mais distante dos quatro primeiros, já que parou nos 37 pontos. Sem muito tempo para lamentar o tropeço, os comandados de Umberto Louzer já voltam a campo na sexta-feira, em partida contra o CRB, às 16h, em Maceió. Os primeiros 30 minutos de jogo encheram o torcedor que foi ao Brinco de esperança. Com imposição e muita força ofensiva, o Guarani ditou o ritmo do duelo e dominou os visitantes como havia feito na vitória sobre o Atlético-GO. As chances foram surgindo naturalmente, mas acabaram não sendo aproveitadas. As melhores chances aconteceram nos primeiros 15 minutos, numa blitz armada pelo Bugre. Em cobrança de falta ensaiada, Rafael Longuine encheu o pé de fora da área e Marcos espalmou. No rebote, Bruno Mendes bateu cruzado e o goleiro salvou com a ponta dos dedos. Aos 29', entrou em ação um velho ditado do futebol, mas que por vezes se mostra cada vez mais atual, o do 'quem não faz, toma'. Depois de não aproveitar o volume imposto, o Guarani foi castigado na primeira chegada perigosa do Goiás. Caíque Sá escapou pela direita e fez o cruzamento para Lucão tentar duas vezes antes de superar Agenor e vazar a defesa bugrina após 389 minutos de invencibilidade. Os donos da casa ainda escaparam de tomar o segundo logo na sequência. Ernandes teve três oportunidades de marcar no mesmo lance, mas parou duas vezes em Agenor e ainda acertou o travessão. No segundo tempo, o Guarani voltou disposto a empatar logo para tentar tirar o adversário da zona de conforto, mas sofreu com a falta de organização ofensiva. Ansioso, errou demais e se precipitou na tomada de decisões. A cada lance não aproveitado, a insatisfação da torcida só aumentava e o time ficava mais pilhado. O técnico Umberto Louzer ainda procurou alternativas e escancarou seu time com as entradas de Jefferson Nem, Rondinelly e Marcão. As mudanças, porém, não surtiram efeito. Em momento algum o Bugre ficou próximo de empatar e ainda acabou castigado com o segundo gol, aos 37’. Com muita tranquilidade, o Goiás trabalhou a bola no campo ofensivo até Caíque Sá acertar chute no canto esquerdo para fazer 2 a 0 e definir a partida. Louzer cita frase de Muricy para justificar a derrota Umberto Louzer usou uma célebre frase de Muricy Ramalho para explicar a derrota do Guarani para o Goiás. Depois de o time dominar a partida no início e criar oportunidades de abrir o placar, um contra-ataque do adversário foi o suficiente para mudar todo o panorama do jogo e começar a selar a derrota bugrina no Brinco de Ouro.“A bola pune. A gente sabia a equipe que ia enfrentar. Eles foram felizes e muito eficientes, principalmente depois que demos uma desorganizada”, analisou o treinador. “Analisando o contexto geral do jogo, dominamos a partida, tivemos a possibilidade de abrir o placar e ampliar, mas no primeiro desencaixe nosso eles fizeram o gol. Tentamos voltar da mesma maneira no segundo tempo, mas o adversário soube neutralizar nossas movimentações e liquidar a partida no contra-ataque”. Entre os jogadores, ficou o gosto amargo pelo tropeço em casa, que outra vez impediu a equipe de conseguir terminar uma rodada dentro do G4 da Série B do Brasileiro.“Pegamos uma equipe que demonstrou estar mais madura que a nossa. Eles souberam sofrer quando tivemos mais volume e foram felizes no contra-ataque”, pontuou o volante Ricardinho. “Ficamos nervosos, demos essa arma e aí o time bagunçou. Isso não pode acontecer”. (CR/AAN)