má fase

Guarani joga a toalha na Série B

Se os torcedores bugrinos mais otimistas ainda fazem contas para saber o que o time precisa fazer para conseguir o acesso à elite, no elenco

Alison Negrinho
31/10/2018 às 09:52.
Atualizado em 05/04/2022 às 23:00

Se os torcedores bugrinos mais otimistas ainda fazem contas para saber o que o time precisa fazer para conseguir o acesso à elite, no elenco, o tema já não é mais discutido. Diante da má fase de cinco partidas sem vencer, com três derrotas e dois empates, a ordem é terminar o campeonato com dignidade, conforme afirma o meia Rondinelly. “A palavra é dignidade daqui psra frente. Temos que procurar trabalhar, nos dedicar ao máximo, não podemos falar em classificação, não se deve falar em G4 e sim falar em sair dessa barreira. Trabalhar com dignidade para tirar o Guarani desse clima ruim que ele não merece passar”, afirmou o meia, que vem atuando como titular do técnico Umberto Louzer. Nono colocado com 46 pontos — sete de distância para o Goiás, que encerra a zona de acesso — o Alviverde começou seu jejum ao empatar com o Vila Nova, ainda pela 29ª rodada. Após isso, perdeu para São Bento, Avaí e Boa Esporte, e ficou no empate com o Oeste em seu compromisso mais recente. A sequência de resultados não só afastou o time de Campinas do sonhado acesso, como criou uma pressão sobre atletas e também comissão técnica. Rondinelly destaca que as saídas e chegadas de jogadores no elenco dificultou a situação. “Isso influencia. A gente tinha uma base muito forte da Série A2 e no início da Série B ela começou a ser desfeita. Era muito difícil você projetar o Guarani brigando pelo G4 no início do campeonato. Remontar uma equipe é muito complicado para a comissão técnica, muita coisa influencia. A gente conseguiu passar por cima de tudo isso, mas fato é que agora na reta final ninguém consegue explicar, ninguém esperava essa baixa”, admitiu. Faltando poucos jogos para o fim da competição, o atleta afirmou que todo o grupo precisa estar focado, independente dos objetivos individuais. “Cada um tem uma particularidade. Tem os que estão emprestados, aqueles que querem terminar o ano da melhor maneira possível... Todos precisam pensar assim, é ter dignidade, abraçar o clube que acolheu o jogador no momento difícil", disse Rondinelly, que projeta uma grande partida contra o Coritiba no sábado. “Temos que entregar o nosso melhor. A gente sabe que precisa do resultado, é hora de ganhar para melhorar o clima”, completou. Time tem retrospecto positivo contra o próximo adversário Se depender do histórico de partidas contra o Coritiba na Série B do Campeonato Brasileiro, o Guarani tem motivos de sobra para acreditar que finalmente voltará a vencer pela competição nacional. Em seis confrontos, foram quatro vitórias, um empate e somente uma derrota. O primeiro duelo aconteceu em 1981, ainda pela disputa da chamada Taça de Prata. Na ocasião, atuando no Estádio Brinco de Ouro, os donos da casa venceram pelo placar de 1 a 0. Dez anos depois, os times voltaram a se encontrar pelas semifinais da segunda divisão e desta vez quem levou a melhor foi o Coxa, que jogando no Couto Pereira, fez o placar mínimo. Na partida da volta, o 1 a 0 foi para o Bugre, que garantiu vaga na decisão ao vencer ainda nas penalidades, por 5 a 4. Os adversários voltaram a se encontrar pela Série B em 2006. No jogo do primeiro turno, disputado na casa paranaense, empate em 1 a 1. Cinco meses depois, no Brinco de Ouro, melhor para os campineiros que venceram por 1 a 0. Já na partida deste ano, válida pela 15ª rodada, os mais de 4.500 torcedores que compareceram ao Brinco presenciaram um novo triunfo, por 2 a 1. O Bugre começou o embate com tudo e abriu o placar aos 3 minutos, com Pará cobrando falta. A euforia foi interrompida na reta final do primeiro tempo, quando Guilherme Parede deixou tudo igual. Bruno Mendes decretou o triunfo no começo do segundo tempo. Grupo liderado por Nenê Zini apresenta plano hoje Os sócios do Guarani conheceram ontem os detalhes do projeto de cogestão da Magnum/ASA Alumínios para o ano que vem. Liderado por Roberto Graziano, o primeiro grupo tem proposta mais complexa, já que envolve além do futebol, todas as atividades do Bugre. As partes estudam uma parceria que dure inicialmente cinco anos, podendo ser renovada por mais cinco, cada vez que uma meta traçada em contrato for atingida. Entre outros detalhes discutidos estão: possibilidade de assumir o passivo cível — cerca de R$ 20 milhões — para evitar penhoras, repasse de 10% das receitas brutas para que um fluxo de caixa seja criado, e custeio de todas as despesas do Guarani. Hoje é a vez do grupo formado por Elenko/Traffic/Dunkirk, e comandado por Nenê Zini apresentar seus planos. Diferente do concorrente, o pool pretende controlar apenas o futebol da equipe campineira. Assim, as despesas administrativas e de outros assuntos, fora o futebol, seguiriam com o Guarani. Apesar de ter poder de veto, o clube não participaria diretamente da gestão e a duração do acordo poderia variar entre cinco e 15 anos. A gestão compartilhada se tornou tema polêmico no Alviverde e já foi motivo de diversas discussões. O vencedor da disputa será conhecido em assembleia no dia 26 de novembro.

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