O técnico Maurício Souza: “perdemos muito da nossa essência” (Raphael Silvestre\Guarani FC)
Os dérbis recentes foram ponto de partida para uma sequência comum no Guarani. Coincidência ou não e independentemente dos resultados no clássico, o fato é que os dois últimos duelos contra a Ponte Preta deflagraram no Bugre um jejum de vitórias. Foi assim na reta final da Série B do Brasileiro do ano passado e a situação se repete agora no momento decisivo da primeira fase do Paulistão deste ano. Em 2024, a sequência confirmou o rebaixamento à Série C e agora pode custar a eliminação no Estadual.
No dia 20 de outubro do ano passado, o Guarani bateu a Ponte por 1 a 0 e quebrou um jejum de 15 anos sem vitória sobre a rival no Majestoso. A expectativa era que o resultado alavancasse a recuperação bugrina na briga contra o rebaixamento, mas a sequência contrariou os prognósticos. Depois do clássico, o time do Brinco fez mais seis partidas na Série B, com quatro derrotas e dois empates. Antes mesmo da penúltima rodada já estava com a queda à terceira divisão sacramentada.
Neste Paulistão, o Guarani voltou a enfrentar a rival no Moisés Lucarelli em 9 de fevereiro, perdeu por 2 a 0 e, depois, não conseguiu mais se reabilitar. Contando com o clássico, são quatro jogos de seca e a série registra dois empates e duas derrotas. Domingo, na última rodada da fase de grupos, o Bugre tentará quebrar a sequência negativa contra o Corinthians, na Néo Química Arena, e avançar às quartas de final.
Questionado sobre a queda de rendimento do Guarani, que chegou a desfrutar de uma condição tranquila no Grupo B, o técnico Maurício Souza descartou influência do resultado no Dérbi e apontou a impossibilidade de realizar treinos como determinante para o atual quadro. O intervalo curto entre os jogos é um desafio para as equipes do Paulistão.
“Perdemos muito da nossa essência”, lamentou Souza. “Éramos um time associativo, tínhamos um poder maior de ataque, conduzíamos a bola de pé em pé até o terço final do campo”, destacou. “Hoje, é notório que a gente oscila demais. Infelizmente, não há mais tempo para fazer nenhum ajuste no campo. A gente não consegue mais corrigir erros, trabalhar ações de ataque e de defesa. Estamos no nosso limite.”
Para Souza, a atuação do Guarani no empate com o Velo Clube por 1 a 1, quarta-feira, no Brinco de Ouro, exemplificou o atual momento técnico e tático do time. Depois de abrir o placar no começo do jogo, a equipe não conseguiu mais se ajustar, foi inferior ao adversário em várias ocasiões e sofreu o gol de empate nos acréscimos do segundo tempo.
“A busca pela classificação é tão grande que depois do gol o time jogou para não perder e isso nos trouxe problemas na partida. Infelizmente, nossa atuação não foi a de um time que merecesse a vitória.”
Corinthians
Para o duelo contra o Corinthians, daqui dois dias, novamente a preparação acontecerá com base em vídeos e conversas. “Nesses dias, vamos ter que fazer um pouco de tudo, mas priorizar aquilo que não funcionou tão bem contra o Velo Clube. Assim, vamos focar mais no setor de construção e ataque”, disse o treinador.
“Estivemos pouco inspirados contra o Velo.”
Para a partida na Néo Química Arena, Souza não poderá contar com Nathan, que recebeu o terceiro cartão amarelo e terá de cumprir suspensão. Por outro lado, vai ter o retorno para a posição de Mateus Sarará, desfalque contra o Velo Clube pelo mesmo motivo. Líder do Grupo A e da classificação geral, o Corinthians já está antecipadamente classificado às quartas de final.
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