Guarani empata em jogo de seis gols

Em tempos de Copa do Mundo, o Guarani foi a Florianópolis nesta terça-feira e fez um jogo muito mais empolgante que muitos já realizados na Rússia. Depois de um primeiro tempo tenebroso e ficar em desvantagem de dois gols, o Bugre reagiu após o intervalo sob a batuta de Bruno Nazário, virou o placar, mas não conseguiu segurar a vantagem e protagonizou um empate cheio de emoções em 3 a 3 com o Avaí, na Ressacada, pela 12ª rodada da Série B do Brasileiro. Renato, Judson e Beltrán marcaram os gols dos donos da casa, enquanto Caíque (duas vezes) e Rafael Longuine anotaram para os visitantes. Com o terceiro empate seguido, a equipe alviverde vai a 16 pontos e ocupa no momento a sétima posição. O próximo compromisso acontece apenas no dia 29, contra o Boa Esporte, no Brinco de Ouro. A estratégia que o técnico Umberto Louzer pensou para a partida não surtiu nenhum efeito no primeiro tempo. Além de inofensivo, o Guarani sofreu com a velocidade do Avaí nas laterais e foi totalmente amassado. Aos 6', Guga recebeu lançamento, cabeceou para o meio da área e o leve desvio de Beltrán parou na trave. Encurralado, o Guarani tomou o primeiro aos 25'. Renato foi lançado nas costas de Pará e aproveitou um escorregão de Bruno Brígido para tocar no canto e marcar. O Avaí seguiu com a pressão e, em dois lances seguidos, exigiu boas defesas do goleiro bugrino. Perdido, o Bugre levou mais um aos 37'. Judson recebeu o passe, arriscou de muito longe e, dessa vez, Brígido não teve reação. A bola encobriu o goleiro, tocou no travessão e entrou num golaço dos donos da casa. Sem nada a perder, Louzer trocou Baraka por Bruno Nazário no intervalo e o time foi completamente outro. De volta após um mês fora, o meia chamou a responsabilidade e conduziu a reação do Guarani. Foi ele, aos 5', o autor da cobrança de escanteio que Caíque antecipou à marcação para descontar. Animado, o Bugre seguiu em cima e alcançou o empate aos 14'. Após bola levantada na área, Nazário tentou, mas quem aproveitou a sobra foi Caíque, que bateu firme para fazer o segundo. A igualdade no placar não satisfez os visitantes. Com o Avaí instável e assustado com a recuperação do adversário, o Bugre se lançou e, explorando os contra-ataques, marcou o terceiro aos 20’ em uma bela jogada coletiva. A bola passou por Kevin, Bruno Nazário, Bruno Mendes e chegou a Rafael Longuine, que só deslocou Aranha para fazer 3 a 2. Com a vantagem nas mãos, o Guarani resolveu adotar uma postura mais conservadora, esperando os donos da casa ainda mais pressionados. O problema é que a equipe não foi capaz de segurar o resultado positivo por muito tempo. Numa falta boba cometida por Pará, Marquinhos colocou na área e Beltrán cabeceou no canto para deixar tudo igual outra vez. A partir daí, a partida ficou aberta de vez e totalmente imprevisível. Enquanto o Avaí seguia tomando a iniciativa, o Bugre procurava se segurar e buscar um espaço para encaixar o contra-ataque. Nos minutos finais, a pressão dos catarinenses foi grande. Aos 42’, Marquinhos cobrou falta no canto e Bruno Brígido se esticou para defender. A última chance foi de Capa, aos 48’, mas a cabeçada do ala-esquerdo passou do lado da trave bugrina e o Guarani conseguiu garantir o ponto fora de casa.