Clubes se despedem do primeiro turno separados por apenas três pontos e na briga pelo acesso
Clubes se despedem do primeiro turno separados por apenas três pontos e na briga pelo acesso (Reprodução)
O primeiro turno da Série B do Brasileiro terminou no sábado com Guarani e Ponte Preta separados por apenas três pontos e ambos entre os dez melhores do campeonato. O momento atual do Bugre é superior, afinal, conseguiu duas vitórias consecutivas e ultrapassou na tabela a Macaca, que não soma os três pontos há quatro partidas. Nas últimas 19 rodadas, no entanto, o objetivo dos dois rivais é o mesmo: embalar para chegar forte na briga pelo acesso. Para o Guarani, o início de campeonato foi mais conturbado, com apenas uma vitória em quatro rodadas e derrota no dérbi em pleno Brinco. Com o elenco sendo reformulado e perdendo peças importantes, como Bruno Brígido, Lenon e Bruno Nazário, Umberto Louzer ainda procura a formação ideal, mas conseguiu dar padrão ao time, que somou 12 dos últimos 18 pontos e aparece na quinta posição, com 29, um a menos que o Atlético-GO, que fecha o G4. Apesar de alguns tropeços amargos, como os empates com Vila Nova, São Bento e Boa Esporte, e a derrota para o Figueirense, o fator casa ainda é o ponto forte. O Bugre é dono da terceira melhor campanha como mandante. Fora de casa, o desempenho melhorou nas últimas partidas, mas a equipe aparece no 10º lugar no ranking de visitantes. Com 27 gols marcados, o time alviverde só não balançou mais a rede do que Atlético-GO (30) e Fortaleza (28). O destaque individual é Rafael Longuine. O meia estreou com o campeonato em andamento, assumiu a titularidade, depois herdou a camisa 10 e é o artilheiro bugrino, com sete gols. Já a defesa, que tomou 23, ainda busca o encaixe necessário. Para o técnico Umberto Louzer, o Guarani aos poucos vai se moldando ao campeonato e com perspectivas de crescimento. "Nos adaptamos à competição, conseguimos remontar a equipe com o campeonato em andamento, mas sabemos que na segunda metade fica mais difícil. Vamos manter a estratégia de pensar jogo a jogo, fazer primeiramente os 45 pontos e depois almejar coisas maiores. Nossa campanha é boa e ainda temos muito a evoluir", afirma. A Ponte Preta também não teve vida fácil no início do torneio e, apesar do triunfo no dérbi, colecionou alguns resultados inesperados. A proximidade com a zona de rebaixamento também custou o cargo do técnico Doriva. Com João Brigatti, a equipe esboçou uma reação e emendou uma série de três vitórias que a deixou próxima do G4. Nas últimas quatro partidas, porém, duas derrotas e dois empates derrubaram o time para o 10º lugar, com 26 pontos. Por conta de duas punições, a Macaca fez, de nove jogos como mandante, apenas um no Majestoso e com torcida — vitória sobre o Fortaleza. Não à toa, é o segundo clube que menos pontuou em casa (9), à frente apenas do lanterna Boa Esporte. A campanha como visitante, porém, ameniza esse prejuízo. Com 17 pontos, só tem desempenho inferior ao do Avaí, que somou 18. Enquanto o rival marca e leva muitos gols, a Ponte é mais econômica nos dois sentidos. O ataque balançou as redes adversárias 20 vezes e a defesa é a quinta menos vazada do campeonato, com 18 gols sofridos. O principal nome da campanha até o momento é André Luís. Herói no dérbi, o atacante é o artilheiro da equipe com sete gols. Embora a fase atual não empolgue e gere dúvidas, o técnico João Brigatti pede que o torcedor dê um voto de confiança ao time. "O torcedor deve acreditar porque o pontepretano sempre acredita. Não podemos jogar a toalha. Nosso objetivo é acesso e a gente vai em busca dele. No primeiro turno tivemos oscilações que não podem acontecer, mas se for uma equipe totalmente diferente no segundo turno, temos chances de subir."