Enquanto alia suas filosofias táticas com a melhora coletiva e individual em outros aspectos, o comandante bugrino não deixa de cobrar pegada
Vinícius Eutrópio chegou ao Guarani com o discurso de resgatar a personalidade da equipe e, nessas quase duas semanas de trabalho que já teve antes do início da Série B do Brasileiro, é esse espírito que o treinador tem tentado implantar nos jogadores. Enquanto alia suas filosofias táticas com a melhora coletiva e individual em outros aspectos, o comandante bugrino não deixa de cobrar pegada e é um time com essa característica que ele quer ver dentro de campo. Para fazer com que os atletas comprem a ideia, Eutrópio faz questão de ser extremamente participativo nas atividades do dia a dia, sempre cobrando e incentivando quando necessário. Os próprios treinamentos são diferentes. Enquanto Osmar Loss priorizava trabalhos de posse de bola em espaço reduzido, Eutrópio abre o campo, é adepto dos coletivos e de outras situações de jogo. E a mudança de perfil em relação a seu antecessor é observada de perto pelos jogadores do elenco bugrino. "O professor gosta de pegada, treinos intensos, e acho que é isso que estava faltando pra nossa equipe. Estamos trabalhando muito a questão da força", disse o zagueiro Ferreira. "Tenho certeza que com esses elementos junto do trabalho do Loss, que admirei muito, vai dar certo. O Vinícius fala que precisamos de ajustes, não mudar tudo. E é isso o que está fazendo. Ajustes na intensidade e na marcação. É disso que um time da Série B precisa", completou o zagueiro. Para o treinador, é essencial no momento fazer o time trabalhar com a confiança plena, afinal dos últimos nove jogos oficiais, o Guarani somou apenas uma vitória. Além disso, acabou derrotado no primeiro jogo-treino que fez, diante do Rio Branco. Amanhã, às 10h, acontece um novo teste contra o Ituano, no Brinco de Ouro, e a expectativa é que a equipe, ainda sem poder contar com reforços e utilizando a base que disputou o Campeonato Paulista, consiga apresentar os valores destacados pelo comandante. "No último jogo contra o Mirassol pelo Troféu do Interior já demonstramos do que somos capazes. Com pouco tempo de treinamento conseguimos fazer um pouco do que o professor pediu pra gente, que é intensidade, marcação lá em cima. Dos últimos jogos, foi o melhor que fizemos", avalia Ferreira. "Nesse do Rio Branco, o professor especificou a questão da força e a gente fez o que foi pedido. Ele nos passou que aquela primeira etapa tinha sido concluída".