Marta está confiante na força do conjunto da Seleção Brasileira para realizar o sonho de conquistar a sonhada medalha de ouro Olímpica (Rafael Ribeiro/CBF)
O técnico Arthur Elias se precaveu de todas as maneiras para a Seleção Brasileira Feminina de Futebol fazer um papel bonito nos Jogos Olímpicos de Paris-2024. Apesar da confiança para a estreia diante da Nigéria, hoje, em Bordeaux, o treinador faz questão de elogiar bastante a equipe africana. "Importante que nossos objetivos foram cumpridos até aqui e conseguimos consolidar nosso modelo de jogo. A Nigéria é uma equipe forte, tem atletas com muita velocidade e uma transição muito boa, explora bem a bola aérea, com jogadoras que estão em boa fase nos seus clubes", disse o treinador brasileiro.
E o técnico não lista as qualidades das africanas da boca para fora. Ele e sua comissão técnica estão analisando a adversária da estreia na Olimpíada desde que o Grupo C foi definido - ainda enfrentará Japão e Espanha.
"Analisamos muitos jogos da Nigéria de um ano e meio para cá. É uma seleção que toma poucos gols. Tanto que na Copa do Mundo do ano passado, acabou eliminada apenas no mata-mata, e nas cobranças de pênaltis, após um empate de 0 a 0 com a Inglaterra, que foi vice-campeã", disse.
Mesmo elogiando a oponente, o técnico sabe que só uma vitória interessa. E a recomendação nas últimas atividades foi valorizar a posse de bola e se impor. Para Arthur Elias, o Brasil terá grandes chances de vencer se tiver "o controle do jogo."
Será o terceiro jogo entre as seleções na história. Nas duas realizadas anteriormente, triunfos do Brasil. A primeira veio na prorrogação do Mundial de 1999. Depois de 3 a 3 no tempo normal, Sissi definiu o 4 a 3 em cobrança de falta no tempo extra. A outra ocorreu em um jogo pela Olimpíada de Pequim-2008, com 3 a 1, todos os gols anotados por Cristiane.
RAINHA
Marta tem duas medalhas de prata olímpicas na brilhante carreira. Mas jamais escondeu o sonho dourado. Aos 38 anos, ela será a estrela solitária do Brasil em sua sexta e última tentativa de subir ao topo do pódio. Em Paris-2024, a rainha do futebol verde e amarelo terá a missão de conduzir a seleção de Arthur Elias em fato raro: sem outra jogadora de alto quilate a seu lado ou na equipe, montada pela "força do conjunto".
"Não vão faltar vontade e garra para a gente ir em busca desse sonho, que não é só das atletas, mas de uma nação. Estamos trabalhando muito e acredito que teremos a oportunidade de mostrar isso desde o primeiro momento quando estivermos na Olimpíada, que é uma competição difícil, de muito equilíbrio", disse Marta.
A camisa 10 sabe da dificuldade, mas não esconde o otimismo e revela enorme motivação. "A alegria é a mesma, é sempre um prazer vestir a camisa da Seleção, representar o nosso País em uma competição tão grandiosa como a Olimpíada", diz, garantindo estar bem preparada.
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