Depois do apito final da partida contra o Chile, Messi foi em direção ao assistente para reclamar de uma falta marcada na beira do campo, nos acréscimos da partida
Na dura luta para conseguir uma das quatro vagas diretas para a Copa do Mundo de 2018, na Rússia, a Argentina não poderá contar com a estrela Lionel Messi em quatro das cinco últimas partidas, depois da Fifa suspender o craque, nesta terça-feira, por insultos ao árbitro assistente. A suada vitória na última quinta-feira, contra o Chile, teve um gosto amargo. É certo que Messi marcou o único gol da partida, responsável por três pontos importantes na luta pela vaga, mas os "hermanos" vão buscar a classificação sem ele. A seleção comandada por Edgardo Bauza chegou ao terceiro lugar das Eliminatórias Sul-americanas, mas não vai contar com o camisa 10 já para a partida desta terça-feira, contra a Bolívia. O jogador vai desfalcar o time contra Uruguai, Venezuela e Peru, e só ficaria disponível para a última rodada, contra o Equador. A Fifa puniu Messi com quatro jogos de suspensão e multa de 10.167 dólares por avaliar que o jogador é culpado por pronunciar "palavras injuriosas a um árbitro assistente", na vitória contra o Chile, dia 23 de março. Depois do apito final da partida contra o Chile, Messi foi em direção ao assistente para reclamar de uma falta marcada na beira do campo, nos acréscimos da partida. "Vamos apelar", mas "isso é mais político do que outra coisa", falou Armando Pérez, presidente da junta interventora da AFA. Pérez admitiu que Messi "se equivocou ao insultar" o árbitro, mas considerou que a punição da Fifa é desproporcional. Depois da partida medíocre contra o Chile, o camisa 10 é considerado mais importante do que nunca. "Puniram porque leram seus lábios", indicou Pérez, fazendo referência que o árbitro brasileiro Sandro Ricci não escreveu os insultos na súmula da partida. A AFA vai "apelar à punição da Fifa. Existem antecedentes que fazem crer que se pode baixar a sanção", garantiu Jorge Miasdoqui, secretário de seleções nacionais da AFA. - 14% de aproveitamento sem Messi - "Leo está machucado, com muita bronca, como estamos todos. Não surpreende a decisão que foi tomada. Temos muita bronca pela forma que foi administrada antes de jogar", acrescentou o dirigente. A ausência de Messi pode ter efeito decisivo em um time criticado por seu estilo de jogo ruim. A seleção não tem presença garantida na Rússia, em 2018. As estatísticas confirmam: a Argentina ganhou cinco dos últimos seis jogos eliminatórios com Messi, ou seja, 83% de aproveitamento com o craque, contra apenas 14% em jogos que não entrou em campo. Depois de 13 rodadas disputadas, o Brasil lidera tranquilamente com 30 pontos, seguido do Uruguai, com 23, e da Argentina, com 22 pontos. A Colômbia é a quarta colocada com 21 pontos, enquanto Equador e Chile somam 20. As quatro primeiras seleções se classificam diretamente para o Mundial. A quinta disputa repescagem contra uma seleção da Oceania.