paulistão 2020

Federação quer times confinados

Com duas rodadas para o fim da primeira fase, o Campeonato Paulista será concluído com os times adotando o regime de confinamento

Da Agência Anhanguera
30/05/2020 às 14:12.
Atualizado em 29/03/2022 às 10:10

Com duas rodadas para o fim da primeira fase, o Campeonato Paulista será concluído com os times adotando o regime de confinamento enquanto estiverem participando da disputa. É o que prevê o protocolo preparado pela Federação Paulista de Futebol (FPF) e que precisa da aprovação do governo estadual para ser colocado em prática. De acordo com o protocolo, os elencos dos 16 participantes do Paulistão vão ser testados dois dias antes da retomada dos treinos, que será conjunta, como indicou decisão do Conselho Arbitral do torneio, assim como recente encontro entre os presidentes dos quatro grandes clubes do Estado. Depois, então, os jogadores, membros da comissão técnica e estafe seriam testados às vésperas do recomeço do Estadual. Na sequência, iniciariam regime de concentração, em hotéis ou em seus próprios centros de treinamento. E o sistema de confinamento seria mantido até o final da competição, também incluindo as equipes de arbitragem. "Quando a competição iniciar, delegações dos clubes e da arbitragem serão confinadas em centros de treinamento e hotéis até saírem da competição", afirma o documento da FPF. Essa possibilidade é vista como viável porque o Paulistão já estava em sua reta final quando precisou ser paralisado por causa do surto do coronavírus. O torneio tem 16 participantes, mas essas equipes só vão entrar em campo mais duas vezes. Depois, com o início do mata-mata, o número de times em campo vai se reduzindo gradualmente, sendo oito clubes nas quartas de final, quatro nas semifinais, fases previstas para serem realizadas em jogos únicos, e dois na decisão, em ida e volta. O protocolo também prevê a realização dos jogos com portões fechados e com restrição a no máximo 164 pessoas trabalhando no estádio, sendo 38 da delegação de cada equipe. E reforça medidas de prevenção, como o uso de máscaras e disponibilização de itens de limpeza. Entre as medidas discutidas estão a compra de 3 mil testes e o veto às famosas resenhas dos jogadores pós-partidas e à contratação de profissionais que façam parte do grupo de risco. "Não vamos fazer nada arriscado. Estamos nos propondo a fazer algo com controle absoluto. Tomando todos estes cuidados, estaremos mais seguros dentro do gramado do que num supermercado, onde colocamos a mão num pacote de bolacha ou de macarrão e corremos o risco de contaminação", disse o médico Moisés Cohen, presidente da Comissão Médica da FPF. As medidas, contudo, são orientações da entidade aos clubes, com os quais Cohen esteve reunido na noite de quarta-feira para apresentar suas propostas. Segundo o médico, os times acataram todas as sugestões de forma unânime. Só falta agora a aprovação do presidente da entidade, Reinaldo Carneiro Bastos. “Estamos amadurecendo o plano original, com uma ideia bem mais delineada. Já decidimos, por exemplo, qual será o teste de entrada. Escolhemos aquele que foi patenteado pelo Hospital Albert Einstein, com material de coleta bem mais barato. Enquanto o PCR faz numa mesma bancada de 20 a 25 testes, este será capaz de fazer de 1.000 a 1.500 ao mesmo tempo. Pela quantidade, fica mais barato.

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