DÉRBI 204

Experiente e respeitado, o ex-dirigente Peri Chaib é um exímio conhecedor da história da Ponte Preta

Do Correio Popular
20/08/2022 às 09:13.
Atualizado em 20/08/2022 às 09:13

Ex-dirigente Peri Chaib (Diego Almeida/PontePress)

Pedro Antonio Chaib ostenta hoje o nome do vestiário do time profissional da Ponte Preta. Histórico dirigente da Macaca, seja como presidente ou diretor de futebol, Peri também foi emblemático em dérbis e perdeu apenas dois clássicos. 

A primeira derrota de Peri ocorreu em abril de 78, no Brinco de Ouro, com dois gols de Careca que garantiram a vitória do Guarani por 2 a 1. Depois, no ano seguinte, o clássico foi realizado no Pacaembu, mas com nova vitória alviverde. No entanto, neste jogo realizado para mais de 37 mil torcedores, Peri não se conformou com o técnico Cilinho em escalar Toninho Costa no lugar de Odirlei na lateral.

"O primeiro gol do Guarani, marcado por Capitão, foi marcado neste lado do campo", lembra o ex-dirigente durante a entrevista exclusiva ao Correio Popular. O icônico personagem pontepretano, principal referência do atual presidente Eberlin, relembrou outras grandes histórias do clássico.

Como foram essas experiências em dérbis para o senhor?

- Especiais. São jogos que mexem com toda cidade e sempre gostei muito da energia dos clássicos. Eu participei de 30 dérbis e perdi apenas em 78, no Brinco, por 2 a 1, além da derrota no Pacaembu, em 79, diante de mais de 37 mil torcedores. Nós tínhamos sempre equipes competitivas nos jogos e sempre me orgulhei do desempenho da nossa equipe. É importante ressaltar que nunca perdi jogando no Moisés Lucarelli e nem quando ocupei o cargo de presidente da Ponte Preta entre 94 e 95. Tudo bem que foram quatro jogos com quatro empates, mas não fui derrotado (risos). 

E como o Peri gostava de preparar a Ponte para os clássicos?

- A preparação sempre começava no jogo anterior. Assim como é feito hoje, a gente analisava os jogadores mais cansados, pendurados ou que não estavam tão bem para preservá-los. O que mais importava era jogar e vencer o dérbi. Existia uma mobilização muito grande não apenas da nossa equipe, mas também da imprensa e dos torcedores.

O Dicá foi o jogador mais decisivo em dérbi para o senhor?

- O Dicá era fera demais. Ele se preparava com 15 dias de antecedência. Talvez seja por essa dedicação que eu tenha perdido apenas dois clássicos dos 30 que disputamos quando estive no clube. Sempre que ele esteve em campo, foi uma referência e uma liderança para todos nós. Sempre mobilizou nossas equipes não apenas dentro de campo, mas dentro do vestiário também. 

Foi um jogador espetacular...

- Demais. Eu estive presente no aniversário da Ponte Preta há duas semanas e encontrei o Dicá. Ele me fez o maior elogio da história. Mesmo acompanhado da família, principalmente dos filhos, ele fez questão de dizer que eu fui o maior diretor da história de futebol que ele trabalhou. Prontamente respondi que ele foi o melhor jogador que tive em mãos (risos). Fiquei surpreso e muito feliz com esse elogio. 

E como o senhor avalia o trabalho atual do Eberlin?

– É um trabalho maravilhoso. Ele assumiu o time com uma dívida grande, conseguiu realizar uma grande obra para trazer os jogadores da base mais próximos do profissional e vem valorizando essa essência do clube. Eu gostaria de ter feito isso há muito tempo. É preciso dizer que a movimentação na janela de transferências foi excelente, o time melhorou e conseguiu o meia que precisava: Élvis. Claro que o primeiro semestre não foi do jeito esperado, mas eu tenho grandes expectativas para a sequência do trabalho dele.

O senhor arrisca um palpite para o dérbi 204?

- Eu acredito na vitória da Ponte. Entendo que no dérbi nem sempre o time que está melhor consegue transformar isso em favoritismo. Dérbi é dérbi. Existe uma ligeira vantagem de jogar em casa, com torcida única, mas eu apostaria em uma vitória bem apertada. Mas não será uma partida fácil e todo time precisará se mobilizar para conseguir os três pontos.

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