Dudu Vieira (centro) já atuou por 115 jogos na Segundona do Brasileiro (Gustavo Tilio-Pontepress)
Com a responsabilidade de vestir a sua 13ª camisa diferente no futebol profissional, o volante Dudu Vieira foi apresentado oficialmente terça-feira pela Ponte Preta e já fica à disposição do técnico João Brigatti para o confronto diante do Coritiba, marcado para a rodada inaugural da Série B do Campeonato Brasileiro, que será disputado entre os dias 19 e 21 de abril.
Com 30 anos e inserido na campanha ruim que levou o Santo André para a Série A-2 do Campeonato Paulista, o volante chega para recompor um setor que sofreu baixas com as vendas de Felipe Amaral para o América-MG, de Felipinho ao Athletico-PR e de Léo Naldi para o Vitória-BA. Atualmente, as opções do plantel na posição são: Ramon Carvalho, Fraga e Emerson Santos. “O contato da Ponte Preta me alegrou muito e não pensei duas vezes antes de aceitar fazer parte deste desafio”, disse Dudu Veira.
Suas duas últimas experiências na Série B geraram experiências diferentes para Dudu Vieira. Em 2022, o atleta fez parte da campanha que fez o Ituano disputar o acesso até a última rodada e deixar o time na sexta colocação após a derrota em casa para o Vasco da Gama pelo placar mínimo. O Galo de Itu ficou com 57 pontos.
No ano seguinte, Dudu Vieira ficou preocupado da primeira à última rodada, mas conseguiu evitar o rebaixamento da Chapecoense à terceirona nacional. A equipe de Santa Catarina terminou na 16ª posição com 40 pontos. No total, o volante atuou 115 jogos na Série B com as camisas de Chapecoense, Figueirense, Ituano, São Bento e Vitória. “Conheço muito bem a competição e sei que jogar uma Série B é muito difícil. Cada ano que passa o nível tem aumentado ainda mais. Apesar disso, vejo que a Ponte montou um time para ir em busca de coisas grandes neste campeonato”, disse o jogador.
Para o jogador, uma equipe com o perfil da Ponte Preta não pode entrar com outra ambição do que não seja a de ser protagonista. “A Ponte Preta não pode entrar em um brasileiro sem não almejar o acesso. Diante disso, podem esperar garra, vontade, luta e entrega”, completou.
Se por um lado o técnico João Brigatti ganhou uma opção experiente e talhada para a Série B, por outro lado não há descuido em relação a revelação de novos talentos. A diretoria executiva anunciou ontem que o goleiro Guilherme Viana, de 20 anos, assinou o seu primeiro contrato como atleta profissional. “É uma sensação incrível. A gente vem trabalhando todos os dias para que possamos conseguir dar sequência à nossa carreira da melhor forma”, disse o jogador, sem esconder a emoção.
O arqueiro esclarece que esta fase na carreira é vivida graças ao olho clínico do preparador de goleiros da equipe profissional, Lauro Freitas. “Estava na preparação para a Copinha, uns dois meses antes o Lauro veio e me chamou para treinar aqui no profissional. E gostou muito de mim, deu um feedback otimista dos meus treinos e da minha pessoa e acabou que deu certo de ficar aqui na Ponte e ter essa relação boa com todo mundo aqui do profissional”, contou.
Após a saída de Aranha, em 2017, a Macaca deu uma oportunidade ao goleiro Ivan, que saiu posteriormente do clube para a entrada de Caíque, que neste ano se transferiu ao Sport e com isso abriu espaço para Pedro Rocha, formado no clube.
Com estes fatos, Guilherme Viana considera que existem motivos de sobra para continuar a trilha aberta por outros goleiros revelados pelo clube. “Eu sou de Campinas, eu vi a Ponte Preta crescer nesses últimos anos e para mim é um orgulho enorme estar fazendo parte desse grupo, de conviver com o Pedro Rocha, com o Luan, com o Vinicius, agora o William e com o Lauro (treinador de goleiros), com o Xau (treinador de goleiros) também”, disse Guilherme. “Os outros goleiros que passaram aqui também, é uma honra estar representando a instituição”, finalizou.
