Presidente Marco Eberlin discorda do atleta e defende a política adotada pela Ponte Preta em relação ao caso (Diego Almeida/PontePress)
A polêmica entre o lateral-esquerdo Guilherme Santos e a comissão técnica da Ponte Preta, atualmente comandada por Hélio dos Anjos e Guilherme dos Anjos, filho e auxiliar técnico, ganhou novos capítulos.
O Correio Popular trouxe recentemente que o atleta acionou a Macaca na justiça cobrando um valor de aproximadamente R$ 700 mil, entre salários e direitos de imagem atrasados.
Em 2012, quando atuava pelo Figueirense, Guilherme acabou tendo uma discussão tanto com Hélio dos Anjos quanto com o filho, que na época também estava no time catarinense. Desde então, a relação entre ambos é conturbada.
Anunciado no dia 23 de fevereiro, Hélio e Guilherme reencontraram com o jogador em Campinas. No período, o ala estava lesionado e depois que se recuperou não recebeu mais oportunidades — o último jogo de Guilherme Santos foi no dia 09 de fevereiro, pela quinta rodada do Campeonato Paulista, diante da Ferroviária, ainda sob comando do ex-treinador Gilson Kleina.
Na última coletiva, depois do empate com o Tombense por 0 a 0, no domingo, Hélio dos Anjos, sem citar o nome de Guilherme Santos, mencionou que afastou um atleta que não serve para trabalhar com ele e nem contribuir com o clube.
Incomodado com a situação, o jogador procurou a imprensa para dar a sua versão do caso e mostrar a insatisfação que sente com tudo o que vem acontecendo.
“Fui afastado sem motivo algum depois que esse cidadão (Hélio dos Anjos) chegou. Já tínhamos um problema lá atrás, mas ano passado, quando estava no Botafogo e ele no Náutico, a gente se encontrou e eu pedi desculpas, ele pediu perdão e apertou minha mão”, relatou Guilherme Santos, em entrevista à Rádio Central de Campinas.
“Na minha visão já estava tudo certo, mas para ele, não. Isso atrapalha o time e a torcida. O fato de eu ter entrado na justiça é para cobrar algo que estão me devendo, tenho esse direito”, completou.
Solicitando um direito de resposta, o presidente da Ponte Preta, Marco Antônio Eberlin, defendeu a entidade e saiu em defesa da comissão técnica.
“No primeiro jogo do Paulistão, o Guilherme quase chegou às vias de fato com o Norberto. A situação passou e depois, em um dos treinos, teve uma discussão ríspida com o Guilherme (auxiliar e filho de Hélio dos Anjos). Nós os afastamos e tentamos entrar em um acordo para a rescisão do contrato, ele não aceitou e entrou com ação. Em agosto terá a audiência e nós vamos ver o que o juiz decide”, enfatizou o mandatário da Macaca.
Liberados
O departamento jurídico da Ponte Preta conseguiu vitórias importantes no STJD ao longo da semana.Por contas de expulsões, três atletas, além do técnico Hélio dos Anjos, acabaram sendo julgados pelo tribunal de justiça desportiva.
No primeiro caso, o goleiro Caíque França, que levou cartão vermelho direto no confronto diante do Cruzeiro, corria o risco de pegar até três jogos de suspensão. No julgamento, o arqueiro foi punido em somente um jogo e, como já cumpriu, está livre para atuar mais uma vez na meta pontepretana.
O treinador da Alvinegra, junto com o lateral-direito Bernardo e o zagueiro Thiago Oliveira, passaram por julgamento na terça-feira. Embora o comandante levou o vermelho porque discutiu com o preparador de goleiros do Londrina, e o defensor recebeu o segundo cartão amarelo, ambos foram denunciados pelo artigo 258, que prevê de um a seis jogos de suspensão.
Com boa defesa, o jurídico da Macaca conseguiu com que em todos os julgamentos a pena mínima fosse aplicada. Como já cumpriram, ficando uma partida de fora, todos estão liberados para viajar a Maceió.
O clube esteve representado pelo advogado Guilherme Righetto.
