Escolha de parceiro agita o Guarani

Com o time tendo que praticamente apenas cumprir tabela nas últimas rodadas da Série B, o assunto do momento no Guarani no final da temporada é o projeto de cogestão do futebol. Na terça e na quarta-feira, os dois grupos interessados apresentaram suas propostas em reuniões do Conselho Deliberativo e avançaram no tema, que deverá ter a decisão final em assembleia de sócios com data prevista para 26 de novembro, dois dias após o término da participação do clube na Série B do Brasileiro. Na terça-feira, o empresário Roberto Graziano foi o responsável por transmitir a proposta do Grupo Magnum, do qual ele preside, em conjunto com a ASA Alumínios. A oferta prevê o repasse de 10% das receitas brutas, mas controle de todos os setores do clube. As decisões seriam tomadas entre Guarani e as empresas, com o clube podendo opinar, mas sem poder de veto. Além disso, a parceria teria renovação automática em caso de objetivos atingidos. No dia seguinte, foi a vez do empresário Nenê Zini atuar como representante na apresentação da proposta realizada pela Elenko Sports e a TFM Agency (braço de representação de atletas da antiga Traffic). O grupo tem por objetivo cuidar apenas do futebol (profissional e categorias de base) e sem interferência em outros setores. A parceria prevê o repasse de 30% das receitas ao Bugre e o clube tem poder de veto em decisões referentes ao futebol. A princípio, o contrato seria válido até dezembro de 2020, mas com prorrogação por cinco anos em caso de acesso à Série A do Brasileiro. Para Edinho Torres, presidente do Conselho Deliberativo, os encontros foram satisfatórios. "As duas reuniões foram muito boas e o clima dentro do Conselho excelente. São duas boas propostas. Uma de um grupo com poder financeiro maior, mas pouco conhecimento de futebol e outra de um grupo com grande conhecimento de futebol e poder financeiro menor. São propostas bem distintas, mas ficamos bem satisfeitos". Já o presidente Palmeron Mendes Filho, entusiasta da cogestão, explicou que o foco daqui pra frente é garantir segurança jurídica para que os associados tomem a melhor decisão. "Será definido na próxima assembleia, salvo engano marcada para dia 26, mas apenas se a coletividade bugrina tiver certeza absoluta do que está sendo decidido. Teremos uma árdua missão nesses 20 dias de dar ampla divulgação às propostas", disse o mandatário bugrino em entrevista à Rádio Central.