CONFIANÇA

Em situação complicada, Bugre não pode tropeçar

Mozart confia em reação contra o Grêmio na próxima rodada

Júlio Nascimento
30/07/2022 às 09:28.
Atualizado em 30/07/2022 às 09:28
Desde que desembarcou no Brinco de Ouro, Mozart, venceu apenas o Cruzeiro jogando em casa (Marlon Costa/Especial para o Guarani)

Desde que desembarcou no Brinco de Ouro, Mozart, venceu apenas o Cruzeiro jogando em casa (Marlon Costa/Especial para o Guarani)

Após a derrota para o Sport, por 2 a 1, na última rodada, a situação do Guarani na luta contra o rebaixamento na Série B do Brasileiro ficou ainda mais complicada. Pela projeção atual, o Bugre vai precisar vencer nove dos 17 confrontos restantes na competição para sair dos 19 pontos e passar para os 45. O aproveitamento da equipe neste momento é de 30% e, se for mantido, não será suficiente para alcançar o objetivo.

Mesmo com o difícil cenário, o técnico Mozart Santos tentou reanimar o torcedor bugrino.

“Nós vamos reagir e sair dessa situação. Não tenho dúvidas sobre isso. Eu confio muito no trabalho deste grupo, da comissão técnica e de todos envolvidos para tirar o Guarani desta situação. Nossa reação será a partir de sexta-feira, diante do Grêmio”, citou o comandante.

Com apenas uma vitória em seis jogos sob comando de Mozart – justamente no confronto com o líder Cruzeiro -, o Guarani tenta diminuir as oscilações apresentadas durante os jogos. Na última rodada, a equipe foi penalizada com um gol aos quatro minutos contra o Sport. No segundo tempo, após pênalti de Jamerson, sofreu o segundo gol aos três minutos.

A falta de reação também é um fator preocupante que vem sendo trabalhado pela comissão técnica. Todas as vezes que o Guarani sofreu o primeiro gol no jogo, não conseguiu a virada e somou derrotas ou empates. Nenhuma das oito vitórias em 2022 foi construída após um primeiro gol do time adversário.

“É um ponto que precisamos reavaliar nos próximos jogos. Não podemos sofrer um gol tão cedo porque acaba desestabilizando. Até conseguimos uma reação, mas a arbitragem acabou anulando o gol do Careca. Depois, no segundo tempo, gostei apenas dos últimos 15 minutos porque a equipe teve esse espírito de luta”, cita Mozart.

“O Guarani não pode trabalhar tanto tempo de forma passiva. Precisamos de mais agressividade durante os jogos. A regularidade precisa aparecer porque estamos em uma situação delicada por conta dessas oscilações e apatia. Isso é algo que vem sendo apresentado até antes da minha chegada e precisamos mudar”, argumentou.

O duelo contra o Grêmio na próxima sexta-feira será o 12º compromisso do Guarani no Brinco de Ouro. A equipe tem apenas 36% de aproveitamento dentro dos próprios domínios: 11 jogos, 2 vitórias, 6 empates, 3 derrotas e 12 pontos. Foram apenas quatro gols marcados e nove sofridos em Campinas.

E para melhorar os números, principalmente no ataque, o Bugre espera pela volta de Giovanni Augusto. Desfalque desde a partida contra o Cruzeiro, o camisa 10 participou de 29 jogos em 2022, com seis gols marcados e quatro assistências. Nas últimas semanas foi vetado pelo departamento médico e será reavaliado nos próximos dias.

“Vamos trabalhar todas hipóteses e estratégias para a próxima partida. Espero que o Giovanni Augusto esteja apto para retornar. Perdemos muito sem a presença dele, principalmente por ser uma referência. A nossa ideia é criar um sistema que possa exaltar a capacidade técnica deste jogador. Nosso objetivo é voltar a ser competitivo”, comenta Mozart.

Na bronca

Os erros dos árbitros André Luiz de Freitas Castro e Rafael Tracci, no confronto de quinta-feira entre Sport e Guarani, seguem com repercussão altamente negativa nos lados do Brinco de Ouro. O departamento de futebol voltou a questionar a decisão de anular o gol de Nicolas Careca, ainda no primeiro tempo, após o VAR recomendar a revisão do lance por falta de Júlio César.

“É um sentimento de revolta porque atrapalhou nosso jogo. O futebol é um jogo de contato e não adianta consultar o VAR em toda dividida. Analisaram o lance do Júlio (César) em câmera lenta. É difícil demais porque você acaba perdendo a referência da intensidade do jogo”, desabafa Mozart.

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