Com a desistência de Diego Loureiro, Kozlinski permanece prestigiado e garantido no gol do Guarani (Thomaz Marostegan/Guarani FC)
Quase uma semana após ter sido anunciado de forma oficial pelo Guarani, o goleiro Diego Loureiro se manifestou nas redes sociais e deixou o clube para retornar ao Botafogo.
Aos 24 anos, o arqueiro seria o reserva imediato de Maurício Kozlinski, que saiu vaiado de campo na derrota por 2 a 1 para o Grêmio - inclusive, boa parte da torcida presente no Estádio Brinco de Ouro da Princesa chamou o atleta de ‘frangueiro’.
Entretanto, o que estava tudo praticamente fechado, não teve desfecho favorável para a permanência do jogador na cidade de Campinas. No acordo inicial entre as partes, o vínculo era por empréstimo e seria válido até o fim do Campeonato Paulista de 2023.
Revelado no time carioca, Diego chegou a ser titular na campanha do título da Série B do ano passado, mas nesta temporada acabou indo para o banco de reservas, uma vez que o paraguaio Gatito Fernández, recuperado de lesão, é o dono da posição. Em 2022, o último jogo do jovem goleiro foi em abril, quando falhou feio diante do Atlético Goianiense (terceira rodada do Brasileirão).
Segundo Diego Loureiro, o Guarani alterou algumas coisas no contrato, como por exemplo o formato de pagamento, o tempo do vínculo e a forma pela qual seriam realizadas as remunerações, que até então não estavam acordadas entre o Conselho de Administração do Bugre e os empresários do arqueiro.
"Algumas coisas já me decepcionaram antes mesmo de entrar em campo: os termos acordados antes de minha viagem a Campinas mudaram totalmente quando cheguei à sede do clube. Mediante a tudo isso, busquei resolver tudo da melhor maneira possível, tentei ajustar os termos, movimentei todo meu staff e minha família, mas sequer tive retorno", disse em nota oficial.
"Quando recebi a proposta do Bugre não cheguei a pensar sequer em não aceitar. Lamento, porque estava com muita vontade de jogar no Brinco de Ouro e ajudar o Alviverde a sair dessa situação. Agradeço todo carinho que recebi neste pequeno tempo pelas redes sociais e torço para que as coisas melhorem", completou.
Ciente da repercussão negativa que gerou entre a cúpula bugrina, o clube precisou vir a público para se posicionar sobre o ocorrido. Em nota, a assessoria informou que houve indicação de dois empresários diferentes para tratar a questão salarial. Um deles teria, depois do acerto, dito que Diego Loureiro não treinaria mais em Campinas porque recebeu uma proposta do futebol português - o Bugre chegou a enfatizar que essa proposta nunca chegou.
Ainda pelo clube, o agente responsável foi Miguel Pinho, proprietário de uma agência de jogadores portugueses, que avisou, no domingo, que não haveria mais acerto.
"O atleta demonstrou insatisfação em receber os mesmos valores que recebia no último clube. Magoado com a posição da ex-equipe em emprestá-lo e, após a contratação de um novo goleiro por parte do clube de origem, o atleta exigiu um acréscimo nos valores acordados para assinar o contrato de empréstimo", respondeu o Guarani em nota oficial.
"Além disso, exigiu uma cláusula contratual de liberação após o Campeonato Paulista em caso de rebaixamento do time. O Guarani é uma instituição tradicional, respeitada no futebol brasileiro e que tem zelado por cumprir todos os seus acordos”, encerrou o Alviverde.
Reforço
O atacante Bruno Miranda, que estava em negociação com o Guarani há mais de uma semana, chegou ao Brinco na segunda-feira. Aos 24 anos, o atleta estava no Bolívar e vem por empréstimo até o Paulistão do próximo ano.
Em 2021, marcou nove gols em 38 jogos e, nesta temporada, anotou 13 bolas na rede em 26 duelos.
Bruno é o terceiro estrangeiro contratado pela equipe nesta janela de transferências - antes, foram anunciados o volante colombiano Richard Ríos e o meio-campista argentino Ivan Alvariño.
