Sistema defensivo do Guarani conta com as boas atuações do goleiro Kozlinski que transmite segurança ao elenco (Thomaz Marostegan / Guarani FC)
Com sete rodadas completas da Série B do Campeonato Brasileiro e seguindo a sua preparação para o duelo complicado diante do Vasco da Gama, nesta quinta-feira, dia 19, a partir das 21h30 na Arena da Amazônia, em Manaus, o Guarani possui alguns números que precisam de atenção.
O Bugre, conforme publicado em outras edições do Correio Popular, é o time mais indisciplinado da competição. Em 630 minutos disputados, o Alviverde já levou 33 cartões amarelos, o que dá uma média superior a quatro cartões por partida.
Logo atrás, vem outras duas equipes do estado de São Paulo. O Ituano levou 24 advertências, enquanto que a Ponte Preta foi penalizada com 22 amarelos e dois cartões vermelhos.
Se por um lado o clube campineiro, que segue com o comando técnico do interino Ben-Hur Moreira, comete bastante faltas, por outro o Guarani também finaliza com perigo durante os jogos.
Segundo o Footstats, site especializado em estatísticas no futebol, são 48 chutes certos do Bugre até aqui, ou seja, os arremates que foram em direção à meta adversária, o que resulta em uma média de 6.86 por partida.
Sem estar com o pé calibrado, o Alviverde tem o terceiro pior ataque da Série B, tendo balançado as redes somente em quatro oportunidades - ante Grêmio, Criciúma, Náutico e Tombense. Fato que evidencia a falta de efetividade do sistema ofensivo bugrino.
Na parte de trás do grupo, o sistema defensivo do Guarani é alvo de críticas desde o início da temporada - seja pelos inúmeros gols sofridos de bola parada ou até mesmo pela dificuldade de encontrar uma solidez entre os zagueiros.
Nos sete encontros realizados pelo campeonato, o Bugre foi vazado seis vezes - contra Brusque (1), Grêmio (3), Náutico (1) e Tombense (1). Ocupando a 10ª pior zaga entre os times que disputam a segunda divisão nacional, Alviverde só não tem situação pior graças ao seu goleiro.
Contratado no início deste ano para acabar com o rodízio entre Rafael Martins e Gabriel Mesquita, atualmente no Cruzeiro, Maurício Kozlinski é peça fundamental na equipe campineira.
Aos 30 anos e com boa experiência no futebol brasileiro, o goleiro é o segundo com mais defesas na competição. Com uma média de 6,71, Kozlinski defendeu 47 bolas que foram em direção ao alvo bugrino. Destas, seis são classificadas como difíceis.
Nessa estatística, o arqueiro fica atrás de um único companheiro de profissão, o Diogo Silva, do CRB. O profissional do clube de alagoas é o responsável por 51 bolas defendidas ao todo.
Com relação às bolas envolvendo um nível maior do goleiro, o Guarani fica na terceira colocação, atrás de Criciúma (7), CSA e Ponte Preta (8).
Casa cheia
A Arena da Amazônia estará cheia para o jogo entre Guarani e Vasco da Gama. Como o Bugre está reformando o gramado do Estádio Brinco de Ouro da Princesa, foi necessário alterar o local da partida.
Mais de 30 mil ingressos já foram comercializados - grande parte, claro, para torcedores vascaínos que moram na região de Manaus e não tem muitas oportunidades de acompanhar in loco ao clube do Rio de Janeiro.
Os preços dos bilhetes variam de R$ 80 a R$300, sendo as opções de arquibancada, arquibancada central e camarotes. Há a promoção do torcedor levar 1Kg de alimento não perecível e, com isso, adquirir o ingresso de meia-entrada.
No radar
O conselho de administração do Guarani monitora a situação de Umberto Louzer para a sequência da temporada. Em 2018, Louzer comandou o Guarani no acesso para a Série A1 do Paulistão. Foram 54 jogos, com 25 vitórias, 13 empates e 16 derrotas.