Jogo marcado por polêmicas envolvendo a arbitragem e discussões entre os atletas fica no empate
Philipe Maia tenta segurar Júnior Santos na partida com torcida única no Moisés Lucarelli: Guarani chega aos 36 pontos e Ponte Preta soma 33 (Leandro Ferreira/AAN)
Não faltou entrega, polêmicas, lances de perigo, discussões entre os atletas e festa da torcida. Entretanto, o principal, que era o gol, não deu as caras no Dérbi de número 192. Jogando no Moisés Lucarelli, Ponte Preta e Guarani protagonizaram um duelo quente na tarde de ontem, mas não conseguiram sair do 0 a 0, em partida válida pela 23ª rodada da Série B do Campeonato Brasileiro. Com o resultado, a Macaca foi aos 33 pontos, na 9ª posição. O Bugre, por sua vez, chegou aos 36 pontos, na 6ª colocação. Pela próxima rodada, o Guarani joga na terça-feira contra o Criciúma e a Ponte pega o Vila Nova na sexta. Embalada pela presença em massa da torcida, foi a Ponte quem tomou a iniciativa da partida. Logo aos 2’, Danilo Barcelos cobrou escanteio e após desvio na primeira trave, ninguém conseguiu chegar para concluir. Pouco depois, foi a vez de Júnior Santos bater de longe pela linha de fundo. Aos poucos, porém, o meio do Guarani passou a ditar o ritmo do jogo e, consequentemente, obrigou o goleiro Ivan a trabalhar. Ricardinho bateu rasteiro da entrada da área e viu o camisa 1 defender. Na sequência, Longuine recebeu pelo lado direito e bateu. Ivan deu um leve desvio e a bola ainda tocou no pé da trave, mas a arbitragem já sinalizava impedimento. Quem também tentou foi Matheus Oliveira, de canhota, para linda defesa do goleiro. Se o pontepretano precisou trabalhar, do outro lado Agenor também não teve vida fácil. As escapadas alvinegras aconteciam principalmente com André Luís, que infernizava a vida de Pará no lado direito do ataque. Só que quem quase balançou as redes foi Júnior Santos, aos 18’. O atacante aproveitou vacilo da defesa e bateu colocado, obrigando Agenor a salvar. Dez minutos depois, Danilo Barcelos cobrou falta direto e o paredão bugrino voltou a aparecer. A Macaca voltou para o segundo tempo adiantando suas linhas e dificultando o bom toque de bola bugrino. As chances, contudo, demoraram para surgir nos dois lados. Com um ritmo menos intenso, tanto Guarani quanto Ponte Preta não atacavam com a mesma frequência. Aos 18’, Igor cobrou falta e André Luís subiu bonito para cabecear, quase que na risca da pequena área, mas Agenor fez linda defesa. Já aos 24’, Júnior Santos arrancou sozinho, passou por dois marcadores e chutou para fora, sem muito perigo. Do lado alviverde, a impressão era de que o time estava cansado. As subidas ao ataque se tornavam cada vez mais raras e Ivan parecia um mero espectador. A primeira finalização veio só aos 35’ com Rafael Longuine, que bateu de longe, a bola desviou e quase morreu no fundo das redes. Com o jogo se aproximando do fim, a Ponte partiu para o abafa e quase abriu o placar. Na melhor das tantas chances, Júnior Santos driblou Agenor, mas a zaga salvou em cima da linha.