O presidente Andé Marconatto (esquerda) ao lado do novo executivo de futebol Juliano Camargo (Divulgação/Guarani FC)
O ex-superintendente executivo de futebol do Guarani Lucas Drubscky se manifestou nesta quinta-feira sobre a repercussão de suas declarações em relação ao período de cinco meses em que trabalhou no Brinco de Ouro durante a Série B.
Em sua apresentação no Ceará, na quarta-feira, ao justificar o insucesso em Campinas, o dirigente disse que no Guarani “nunca se falou em acesso e que o objetivo passado pela diretoria era de permanência.” O episódio gerou ainda várias outras interpretações e dúvidas sobre a queda de rendimento do time na reta final e o consequente fracasso na briga para voltar à Série A. Por meio das redes sociais, Drubscky divulgou um vídeo para tentar esclarecer o fato.
“Uma frase tirada do contexto gera interpretações errôneas”, afirma. “Querem criar uma teoria da conspiração que não existe”, segue. “Nunca existiu essa história de que foi pedido para tirar o pé do freio, de que foi pedido para que não houvesse acesso. Todos queriam a realização desse sonho, do presidente ao massagista. Seria importante para o clube, para a torcida e também para nós gestores, que vivemos de conquistas. Desde que pisei os pés no Guarani não faltou desprendimento de energia por parte de todos para que pudéssemos buscar voos maiores.”
Drubscky chegou ao Brinco de Ouro em junho, após uma reformulação no departamento de futebol em função de uma sequência de maus resultados do time na Série B. “Peguei a equipe no meio da tabela e conseguimos bater na vice-liderança”, lembra. Uma das críticas ao seu trabalho foi em relação às contratações feitas durante a janela de transferência do meio do ano. “O que eu falei e repito é que nossa capacidade de investimento em termos de contratação estava abaixo da dos nossos concorrentes. Falta de dinheiro faz diferença, pois nos impede de ter um plantel mais robusto e diminui nossas possibilidades de sucesso. Mas, mesmo dentro das limitações, nos esforçamos ao máximo para alcançar o sonho do acesso.”
Por outro lado, o executivo lembra que a meta traçada pela diretoria de cumprir os compromissos financeiros e “não fazer loucuras” foi cumprida. “Mantivemos os salários em dia. As premiações, de valores excelentes, também foram pagas dentro do combinado”, revela, acrescentando que a diretoria ainda investiu no avanço estrutural dos departamentos. “Hoje, o Guarani tem um departamento médico com nível de Série A”, compara. “Houve investimento também em tecnologia, no departamento de análise de mercado e em outros setores. São medidas que levarão o clube a colher bons frutos em breve”, encerra.
Para o CEO Ricardo Moisés, Drubscky foi infeliz nas declarações em sua apresentação no Ceará. “Talvez tenha sido um momento de nervosismo dele. Mas é triste e hilário ouvir comentários de que o Guarani não queria subir diante do total comprometimento da diretoria em buscar a Série A”, comentou, revelando que o clube pagava R$1,6 milhão ao elenco por vitória e existia a promessa de se chegar a R$ 5 milhões pelo acesso e R$ 6 milhões pelo título.
O NOVO EXECUTIVO
A polêmica envolvendo as declarações de Drubscky foi comentada até mesmo pelo novo superintendente executivo de futebol do Guarani, Juliano Camargo, cuja apresentação aconteceu na tarde desta quinta-feira. Para ele, houve um ruído de comunicação.
“Não acredito que o clube não queria subir. Quando cheguei em Campinas, a frustração aqui pelo acesso não ter acontecido foi latente, pois todos sabiam da grande possibilidade que esse time teve de alcançar sucesso.”
Sobre o futuro, Camargo adiantou que o clube deve contratar dez reforços para compor o grupo de jogadores que já forma a espinha dorsal da equipe para a próxima temporada.
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