Vitória do Guarani é extremamente importante para o elenco, que está unido com o técnico Daniel Paulista (Thomaz Marostegan / Guarani FC)
Após a primeira vitória do Guarani na Série B do Campeonato Brasileiro, que deu um alívio gigantesco ao elenco e, claro, para toda a comissão técnica - que vinha sendo muito pressionada com seis jogos sem saber o que era um triunfo - Daniel Paulista destacou a postura apresentada em campo no segundo tempo na conquista dos três pontos com o placar de 1 a 0 diante do Criciúma, em duelo realizado na última quarta-feira, no Estádio Brinco de Ouro da Princesa.
O treinador teve praticamente uma semana livre de treinos para preparar a equipe em meio aos desfalques do lateral-esquerdo Matheus Pereira e do meio-campo Giovanni Augusto, ambos suspensos com três cartões amarelos, Eliel e Marcinho foram os substitutos e tiveram desempenho aprovado.
“A vitória é extremamente importante para o nosso momento. Nós sabíamos que a equipe do Criciúma tem um futebol envolvente, com toque de bola, que dificulta o encaixe da marcação. Mesmo tendo treinado para bloquear o adversário, nós não conseguimos. Poderíamos até ter sofrido gols no primeiro tempo”, analisou o comandante, em coletiva de imprensa.
“Já no segundo tempo, a entrada do Eduardo Person deu mais sustentação. As coisas se acalmaram mais. Também avançamos nossos jogadores de beirada para pressionar a marcação. Criciúma melhor no primeiro tempo e o Guarani melhor na etapa complementar. Com relação aos que não puderam jogar, são jogadores importantes, que fazem falta ao nosso elenco, mas quem entrou contribuiu da melhor forma”, completou.
Além das mudanças obrigatórias no time titular, Daniel também comentou sobre a escolha por Nicolas Careca e do retorno do zagueiro Ronaldo Alves, que foi desfalque na partida contra o Grêmio por conta de um incômodo muscular, e foi o escolhido mais uma vez para carregar a braçadeira de capitão.
"Opção técnica, de características. Nós entendemos que para hoje o Nicolas seria mais importante. O Lucão do Break continua com prestígio junto da comissão técnica. É um jogador finalizador. Quando for o momento, ele vai voltar a ter oportunidades. Quanto ao Ronaldo Alves, é um atleta experiente e, claro, bastante importante dentro das quatro linhas", disse.
Outro assunto abordado pelo professor foi sobre o longo período em que a equipe ficou sem vencer. Desde o dia 12 de março, quando o Bugre ganhou por 2 a 1 da Ferroviária, em confronto da penúltima rodada da primeira fase do Campeonato Paulista, o time campineiro, somando o estadual, Copa do Brasil e o início da Série B, vinha de uma sequência negativa de quatro empates (Vila Nova, São Bernardo, Corinthians e Sport) e duas derrotas (Brusque e Grêmio).
"Não levo muito em conta esse retrospecto no processo atual, pois são competições diferentes. Fizemos bons jogos anteriormente e não tínhamos conseguido vencer. Na quarta-feira foi um jogo de muita entrega e muito importante para o nosso momento", justificou.
"Eu estou aqui para trabalhar. Futebol não é uma ciência exata. Temos a convicção naquilo que a gente está desenvolvendo. Se não tivéssemos ganhado, mudaria o que a gente vai fazer amanhã? Não. Até porque está tudo planejado, o que faremos amanhã, depois de amanhã e assim por diante. O Guarani tem tido um índice baixo de lesão esse ano, por exemplo, isso é fruto do trabalho dos profissionais", emendou.
Com o resultado, o Alviverde não só saiu da lanterna da competição nacional, mas também escapou da zona de rebaixamento e está na 14ª colocação com quatro pontos conquistados e, aos poucos, o plantel vai se entrosando.
"O futebol apresentado pela equipe no ano passado gerou muita expectativa para agora, porém são grupos diferentes. Estamos em um processo buscando o melhot futebol”, finalizou.