PERSONAGEM

Conversa com Pelé motiva Bolt a jogar futebol

Astro jamaicano afirma que o encontro foi decisivo para ele tentar se aventurar no esporte mais popular do planeta

Estadão Conteúdo
16/09/2018 às 19:57.
Atualizado em 22/04/2022 às 02:41
A ligação de Usain Bolt com o futebol vem desde a infância, mas ele optou pelo atletismo ainda na escola por ser mais veloz que os colegas: astro atua pelo Campeonato Australiano  (AFP)

A ligação de Usain Bolt com o futebol vem desde a infância, mas ele optou pelo atletismo ainda na escola por ser mais veloz que os colegas: astro atua pelo Campeonato Australiano (AFP)

Quando Usain Bolt anunciou que iria jogar futebol após se aposentar do atletismo, teve muita gente que não deu bola e até duvidou do jamaicano. Um ano depois do Mundial de Londres que marcou a despedida das pistas do homem mais rápido da história, ele cumpriu sua promessa e tem se aventurado nos gramados. Deixou de calçar as sapatilhas douradas para usar chuteiras 46. Se o desempenho pelo Central Coast Mariners é irrisório, uma coisa é certa: aos 32 anos, Bolt continua um showman. O holofote que atraiu ao desconhecido Campeonato Australiano, inclusive, pode elevar a disputa a um outro patamar no cenário mundial. Em entrevista ao Estado, o agora jogador de futebol revela que foi ninguém menos do que Pelé quem o encorajou a continuar no esporte depois da aposentadoria no atletismo. "Tenho muitos ídolos no futebol. Conheci o "Grande Pelé" e foi ele quem me incentivou", diz. Bolt sempre foi apaixonado por futebol. Sua ligação com a bola vem desde a infância, mas ele acabou optando pelas pistas ainda na escola por ser muito mais veloz do que os colegas de sala e pela óbvia tradição da Jamaica no atletismo. "Sempre joguei futebol na infância e sabia que, uma vez que me aposentasse do atletismo, tentaria jogar. É isso que estou fazendo", disse ao Estado após sua estreia no campo. Neste início de nova carreira, Bolt tem se dividido entre críticas e elogios. Os seus defensores o aplaudem não só pela velocidade, mas pela dedicação nos treinos. Foi o caso do alemão Mario Gotze, autor do gol do título mundial em 2014, que teve a companhia de Bolt em seu estágio no Borussia Dortmund, em março. "Tenho de admitir que esperava que ele fosse pior", afirmou o alemão semana passada. Já entre aqueles que o atacam, a queixa é que o jamaicano não tem talento algum para jogar futebol e resolveu mudar de esporte somente para atrair patrocinadores. Se no auge da carreira Bolt passava ao público a imagem de marrento, agora parece mais comedido, sem autoelogios na hora de responder aos críticos. "Não sou de ouvir os detratores. Eu me concentro apenas em trabalhar duro, com dedicação, e em dar o meu melhor", disse. "A velocidade é o meu maior trunfo e espero conseguir colocar isso em prática." Apesar de dizer que não dá ouvidos aos comentários negativos, as críticas parecem ser um combustível para ele. 

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