Treinador tenta deslanchar após somar apenas duas vitórias em dez jogos
Mozart tem planos para o Guarani reagir e fugir da zona do rebaixamento nos próximos jogos (Thomaz Marostegan/Guarani FC)
Em busca de um novo gás para escapar do rebaixamento na Série B do Campeonato Brasileiro, o Guarani encerra nesta sexta-feira a preparação para enfrentar o Tombense, amanhã, no Brinco de Ouro. O duelo da 26ª rodada ainda será insuficiente para tirar o Alviverde do Z-4 mesmo em caso de vitória, mas pode mudar o ambiente da equipe para os próximos desafios.
Somar três pontos é de fundamental importância não apenas na campanha, mas também para respaldo do trabalho de Mozart Santos. O treinador de 42 anos está no quinto clube da carreira e ainda busca deslanchar. Ele completa nesta semana dois meses de Brinco de Ouro com apenas 33% de aproveitamento dos pontos disputados.
Daniel Paulista deixou o Guarani no início de maio com os mesmos 33% dos pontos conquistados na Série B, mas disputou cinco jogos. Marcelo Chamusca dirigiu a equipe durante seis partidas e somou 27% dos pontos, além do trabalho interino de Ben-Hur Moreira, que teve 25% de aproveitamento nos quatro jogos com o plantel alviverde.
Mozart participou de dez jogos: venceu o líder Cruzeiro e o lanterna Náutico, ambos por 1 a 0 no Brinco de Ouro, nos dois únicos triunfos com o Bugre. Ele também empatou com CRB, Chapecoense e Criciúma fora de casa, além do jogo contra o Brusque em Campinas. Já as derrotas foram registradas contra Bahia e Grêmio, integrantes do G-4, e também Sport e Ponte Preta como visitante.
O ex-volante de Palmeiras, Flamengo e Coritiba ficou menos de duas semanas desempregado em 2022. Logo que deixou o CSA, em junho, quando registrou 59% de aproveitamento em 55 jogos, recebeu o convite de Ricardo Moisés e aceitou o desafio de substituir Marcelo Chamusca.
Fora do CSA, Mozart teve duas experiências recentes de pouco sucesso. Em 2021, dirigiu a Chapecoense por oito jogos e registrou 50% de aproveitamento: três vitórias, três empates e duas derrotas. No entanto, a perda do título catarinense para o Avaí foi determinante para sua saída antes do Brasileiro. No campeonato nacional foi convidado por Rodrigo Pastana, atualmente superintendente do Bugre, para dirigir o Cruzeiro, mas também não teve êxito. Foram duas vitórias, sete empates e quatro derrotas, deixando a Raposa com 33% de aproveitamento.
Ponto positivo
Quando chegou no Guarani, Mozart precisou lidar com números defensivos fragilizados na Série B. Ele assumiu a equipe com 18 gols sofridos em 15 jogos. Ele apostou em João Victor e Derlan como dupla titular e não sofreu mais que dois gols em nenhuma partida, diferente dos jogos do primeiro turno. Desde então, o Guarani não foi vazado contra Cruzeiro, Chapecoense, Criciúma e Náutico.
Com maior segurança defensiva, a equipe também voltou a contar com boas atuações de Kozlinski, principalmente na vitória contra o Timbu, quando o goleiro fez defesa fundamental para somar os três pontos.
Ponto negativo
Por outro lado, o principal desafio da atual comissão técnica envolve o sistema ofensivo. O Guarani tem o pior ataque da Série B com apenas 15 gols marcados em 25 jogos. Com Mozart foram apenas seis gols em 10 jogos. No entanto, a principal aposta envolve os reforços Jenison (1 gol em 2 jogos) e Bruno Miranda (estreou no segundo tempo contra a Ponte Preta).
A falta de sequência do time titular também é um problema. O treinador repetiu a formação apenas entre os jogos contra Chapecoense e Brusque. “Não repetir a formação é um problema porque você não consegue extrair o melhor de cada atleta (Diogo Matheus, Rodrigo Andrade e Júlio César já tiveram fase melhor) e para complicar teve que lidar com a saída de atletas como Matheus Pereira e Lucão do Break. O treinador recebeu nove contratações com o campeonato em andamento, o que não é uma tarefa fácil de administrar.