Palmeiras

COF quer mudar acordo com patrocinadora

O Conselho de Orientação e Fiscalização (COF) do Palmeiras quer que o presidente do clube, Mauricio Galiotte, tome atitudes sobre o acordo em vigor com a Crefisa para contratar jogadores

Estadão Conteúdo
17/04/2018 às 14:28.
Atualizado em 27/04/2022 às 12:53
O jogador Dudu, do Palmeiras, comemora seu gol contra a equipe do Cruzeiro, durante partida válida pelas quartas de final, da Copa do Brasil, no Allianz Parque (Divulgação)

O jogador Dudu, do Palmeiras, comemora seu gol contra a equipe do Cruzeiro, durante partida válida pelas quartas de final, da Copa do Brasil, no Allianz Parque (Divulgação)

O Conselho de Orientação e Fiscalização (COF) do Palmeiras quer que o presidente do clube, Mauricio Galiotte, tome atitudes sobre o acordo em vigor com a Crefisa para contratar jogadores. Em parecer encaminhado ao mandatário do clube, o órgão pede mudanças - entre elas, que a patrocinadora não coloque mais dinheiro em reforços e também um plano de metas para negociar quem chegou ao time com o aporte da empresa. A reportagem teve acesso à cópia do relatório elaborado pelo COF sobre a relação do clube com a Crefisa e o comunicado com as sugestões de mudanças. O documento foi enviado em 26 de março ao presidente do Palmeiras e assinado pelo presidente do órgão, Carlos Afonso Della Monica. O relatório de oito páginas foi encomendado pelo COF a um grupo de cinco conselheiros. O texto tem entre as principais sugestões não recorrer mais à Crefisa para contratar jogadores, além do pedido para o departamento de futebol criar um plano de metas pare vender quem foi trazido com a verba da empresa - nove jogadores do elenco atual chegaram assim. A motivação para os questionamentos foi a alteração contratual revelada pelo Estado em janeiro. Os reforços bancados pela Crefisa deixaram de categorizados como compras de propriedades de marketing dos atletas para serem configurados como empréstimos. A alteração foi firmada com aditivos contratuais em dezembro de 2017 e janeiro deste ano e foram elaborados para evitar novos problemas para a Crefisa. No ano passado a empresa foi multada em R$ 30 milhões pela Receita Federal, que considerou irregular o formato anterior para trazer reforços. O relatório do COF sugere a Galiotte reavaliar o novo acordo por implicar ao clube devolver dinheiro à empresa uma quantia chamada de "vultuosa". Se antes a Crefisa assumia o prejuízo caso o jogador contratado fosse revendido por um valor abaixo, agora o Palmeiras terá até dois anos depois da saída do atleta para devolver a diferença, com correção de valor pela CDI, de 0,5% ao mês. Segundo estimativa de Galiotte, o Palmeiras terá de acertar com a patrocinadora cerca de R$ 120 milhões nos próximos anos como devolução nos investimentos em reforços. Procurado, o clube não se manifestou. A proprietária da Crefisa e conselheira do Palmeiras, Leila Pereira, protocolou carta no COF com o pedido para ser chamada à reunião do órgão e prestar esclarecimentos sobre os aditivos contratuais.

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