Clima esquenta e Ferreira bate-boca com torcedor

Dentro da zona de rebaixamento da Série B do Brasileiro e com cinco derrotas seguidas na conta, o Guarani vive fase de ebulição e o clima ficou quente de vez ontem. O dia tumultuado começou com pichações no escritório de advocacia do presidente Palmeron Mendes Filho e terminou com uma áspera discussão do zagueiro Ferreira com torcedores que criticaram o time após o treinamento. O episódio envolvendo o dirigente bugrino aconteceu na madrugada de terça-feira. Pela segunda vez em cerca de um mês e meio, o escritório do mandatário do clube foi alvo de pichações. Entre as mensagens deixadas pelos vândalos, ameaças de morte e exigências pela saída imediata de Palmeron do cargo que exerce no clube. O presidente se pronunciou por meio de nota oficial, em que diz que ‘medidas cabíveis já estão sendo tomadas junto à Polícia Militar do estado de São Paulo para punir os responsáveis pelos atos. As câmeras de segurança do escritório também flagraram os infratores no ato e as imagens já foram encaminhadas para instruir inquérito policial em andamento no 5º DP para que se realize a apuração dos fatos e os responsáveis sejam punidos”. Horas depois, os muros do escritório foram pintados por funcionários do clube. À tarde, a situação ficou ainda mais tensa quando torcedores se reuniram em frente ao Brinco de Ouro. O desejo era um encontro com a diretoria, mas o clima esquentou quando os jogadores chegaram ao estádio após a atividade realizada no CT. Alguns foram cobrados, mas o único que reagiu foi o zagueiro Ferreira, incomodado com os pedidos de raça e de honra à camisa. O defensor discutiu de maneira áspera com um dos presentes e por muito pouco não acabou em vias de fato. Ferreira acabou sendo conduzido por seguranças e também pelo lateral-direito Bruno Souza, que o acompanhava na volta ao Brinco. Ferreira é o segundo jogador com mais minutos em campo na temporada e foi titular em 21 dos 24 jogos do Bugre em 2019. A diretoria disse que tratará o episódio internamente.