SÉRIE A2

Cinco anos em noventa minutos

Na divisão de acesso desde 2014, Guarani recebe o XV com a missão de voltar ao Paulistão

Carlos Rodrigues
03/04/2018 às 21:12.
Atualizado em 23/04/2022 às 09:33
Jogadores do Guarani tentam superar nesta quarta-feira, no Brinco de Ouro, o último obstáculo em sua caminhada para retornar à elite do futebol paulista (Luciano Claudino/EC)

Jogadores do Guarani tentam superar nesta quarta-feira, no Brinco de Ouro, o último obstáculo em sua caminhada para retornar à elite do futebol paulista (Luciano Claudino/EC)

Chegou a hora e desta quarta-feira não pode passar. Após anos de frustrações e campanhas vexatórias, o Guarani tem a chance de finalmente deixar para trás um martírio. A partir das 20h30, o Brinco de Ouro estará cheio e o Bugre, com apoio total de sua esperançosa torcida, precisa de uma vitória simples — se quiser evitar sofrimento adicional — para eliminar o XV de Piracicaba, garantir uma vaga na decisão e, mais importante ainda, confirmar seu retorno à elite do Campeonato Paulista. Depois do empate sem gols na ida, sábado, em Piracicaba, o classificado só sai no tempo normal caso haja um vitorioso. Nova igualdade por qualquer placar, já que não há o critério do gol qualificado, força a disputa por pênaltis. Quem passar, enfrenta na final o Oeste, que ontem despachou o São Bernardo. A atmosfera promete ser a mais favorável possível. Terça-feira, o clube divulgou uma parcial de 14 mil ingressos vendidos antecipadamente e, com as bilheterias ainda abertas hoje, a estimativa é de que o público se aproxime da capacidade liberada do Brinco, que é de 18.170 lugares. Em campo, o técnico Umberto Louzer garante uma equipe pronta para alcançar o objetivo. “Vejo meu grupo motivado e com brilho no olhar. A pressão é natural pelo peso da camisa e tudo o que representa o Guarani. Isso traz responsabilidade, mas precisamos ter lucidez e colocar em campo tudo o que desenvolvemos durante a competição”, explica. Dentro de casa e com o apoio da torcida, o comandante bugrino espera uma equipe com um comportamento diferente do apresentado na partida de ida. É preciso se impor, ser agressivo, mas sem perder o equilíbrio. “É um jogo que terá 90 minutos, mais os acréscimos. Precisamos saber entender a partida, com inteligência, estratégia e o fator emocional contido”, pontua. “Em nossos domínios e com certeza com casa cheia, somos sabedores do que é necessário fazer para melhorar a performance e sair com a missão conquistada”. Com apenas o aquecimento do último treino aberto à imprensa, Louzer não confirmou a escalação. Pelo contrário, deixou no ar a possibilidade de mudar a equipe. Não se sabe se por dúvida ou apenas para despistar o adversário, mas o técnico deu a entender que pode optar por um jogador decisivo na bola parada, o que abre possibilidade para que Denner ou até Fumagalli recebam uma oportunidade.

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