A reação do Guarani tem muito a ver com a forma com que o técnico Thiago Carpini reconfigurou o time, principalmente na montagem do meio-campo
A reação do Guarani na Série B do Brasileiro tem muito a ver com a forma com que o técnico Thiago Carpini reconfigurou o time, principalmente na montagem do meio-campo. Com quatro homens no setor, a equipe ganhou força de marcação, mas sem perder o poder de criação. Durante esse momento de recuperação, o treinador também achou a formação ideal, com Deivid, Igor Henrique, Arthur Rezende e Lucas Crispim. O problema é que suspensões e principalmente lesões têm impedido o quarteto de jogar junto e amanhã, contra o Cuiabá, o desafio será, mais uma vez, superar ausências importantes no meio. Desde a estreia de Carpini, quando os quatro foram titulares, o Bugre teve 100% de aproveitamento — o time bateu Vitória, Paraná, Criciúma e Atlético-GO. Em outros oito jogos, porém, quando pelo menos um deles não pôde atuar, o desempenho bugrino despenca para 41,6%, com três vitórias, um empate e quatro derrotas. A partida de segunda-feira, contra o Botafogo, foi aquela em que a equipe mais teve baixas no meio-campo, com as ausências de Deivid, Igor Henrique e Arthur Rezende. Durante o jogo, o time sentiu bastante o peso dos desfalques e o meio, além de ser pouco produtivo, também apresentou dificuldades na marcação. “A gente encaixou um padrão de jogo com o Deivid, Igor Henrique e Arthur no meio-campo. Pela primeira vez, tivemos que trocar os três. Um campeonato desgastante, com viagens, jogos, então essa rotatividade é importante”, explica o técnico Thiago Carpini. “Você ganha peças, opções, mas perde no conjunto, porque não tem tempo para treinar. A gente tenta ajustar na conversa.” Para o duelo de amanhã na Arena Pantanal, o problema será um pouco menor, afinal Arthur Rezende retorna de suspensão. Por outro lado, Deivid e Igor Henrique seguem entregues ao departamento médico e desfalcam a equipe — Deivid tem chances de retornar na rodada seguinte, contra o São Bento, enquanto Igor só deve ficar à disposição diante de Sport ou Bragantino. “Todo mundo que está entrando entende a nossa forma de jogar. Com os resultados positivos alguns jogadores se firmaram no time, mas o Deivid não estava contra o CRB, nós ganhamos e não tomamos gol”, avalia o zagueiro Diego Giaretta. “Claro que facilita quando você tem o mesmo time por três, quatro jogos. A harmonia é maior, mas não foi por isso que não conseguimos vencer o Botafogo”.