PANDEMIA

Campeonato Paulista volta no dia 22 de julho

Governador autoriza retomada da competição, que terá todos os jogos restantes sem público

Carlos Rodrigues e Gustavo Magnusson/AAN
09/07/2020 às 09:26.
Atualizado em 28/03/2022 às 21:10
 Reinaldo Carneiro Bastos, presidente da Federação Paulista (Governo do Estado de São Paulo)

Reinaldo Carneiro Bastos, presidente da Federação Paulista (Governo do Estado de São Paulo)

O governador de São Paulo, João Doria, liberou ontem o recomeço do Campeonato Pa</IP>ulista para o próximo dia 22. Em entrevista coletiva concedida ao lado de membros da Federação Paulista de Futebol (FPF), ele afirmou que os jogos serão com os portões fechados e disputados somente em cidades que estejam na faixa amarela do plano estadual de retomada das atividades no enfrentamento à pandemia do novo coronavírus. A final do torneio está prevista para 8 de agosto. "O Centro de Contingência da Covid-19 aprovou, em conjunto com a Federação Paulista de Futebol, com assistência médica da Federação Paulista de Futebol, o novo protocolo da retomada do Campeonato Paulista. Os jogos deverão ocorrer obrigatoriamente em cidades que estejam na fase amarela do Plano São Paulo e em estádios sem a presença da torcida", afirmou Doria. O governo também comentou que a final do Estadual será no dia 8 de agosto, no mesmo fim de semana do início do Campeonato Brasileiro. O Paulistão foi interrompido em 16 de março a duas rodadas para o final da primeira fase. Curiosamente, a tabela terá pela frente como um dos primeiros jogos neste retorno o clássico entre Corinthians e Palmeiras, em Itaquera. O coordenador do Centro de Contingência do Coronavírus, Paulo Menezes, elogiou o protocolo médico definido pela FPF, em especial pela apresentação de diferentes zonas de exclusão dentro dos estádios e pelo cuidado com testes. "O protocolo médico foi aprovado de forma unânime. Estamos lidando com uma situação de baixo risco de contágio, pela excelente condição física e de saúde dos jogadores", disse. As diferentes zonas de exclusão estão divididas em três áreas. A azul corresponde ao campo e ambientes internos do estádio, como os vestiários. Só poderão circular nesse setor jogadores, técnicos e pessoas diretamente envolvidas na partida. A amarela compreende as arquibancadas, cabines e portões, locais que terão a presença de cinegrafistas e profissionais do árbitro de vídeo. A zona vermelha é a parte externa dos estádios, ocupada por seguranças, motoristas e policiamento. Estão previstas as presenças de no máximo 200 pessoas trabalhando a cada jogo do Paulistão. A liberação veio um dia depois de a FPF enviar ao governo um pedido para o recomeço do Estadual no próximo dia 22. Presentes na entrevista coletiva, o presidente da FPF, Reinaldo Carneiro Bastos, e o vice, Mauro Silva, destacaram a importância de os torcedores não tentarem se aglomerar do lado de fora dos estádios que receberão os jogos para se evitar o risco de contágio. Guarani e Ponte aprovam o retorno da competição Guarani e Ponte Preta se manifestaram de maneira favorável à definição do reinício do Paulista. As equipes terão pouco menos de duas semanas de preparação antes de compromissos decisivos. Há, no entanto, uma preocupação em comum, que é a de onde mandar os jogos, já que o Governo só autorizou partidas em regiões que estejam na fase amarela do Plano São Paulo e Campinas atualmente se encontra na fase vermelha, considerada a de mais risco. "Não só eu, mas todos que vivem do futebol ficaram muito felizes com o retorno do Paulista. Seria muito ruim não concluir a competição. Tem que se decidir dentro de campo para evitar ações judiciais que poderiam denegrir a competição", disse Ricardo Moisés, presidente do Guarani. "Acredito numa volta com qualidade, um pouco abaixo do nível que paramos, mas na expectativa de um excelente término de Paulista". "A definição de uma data para o reinício é muito importante para que possamos nos planejar para duas partidas que são de fundamental importância. Estamos focados em voltar a campo e vencer os dois compromissos", disse Sebastião Arcanjo, presidente da Ponte Preta. Hoje haverá uma reunião virtual entre a Federação E os 16 clubes. Entre outros assuntos, será discutida a possibilidade de não haver rebaixamento. Outro tema do encontro será a questão de inscrições de atletas. É provável que as equipes não possam contar com jogadores que já disputaram o Paulista por outro time. Nesse caso, o zagueiro Didi não poderia atuar pelo Guarani, enquanto a Ponte ficaria sem os zagueiros Luizão e Rayan, o lateral Ernandes, os volantes Neto Moura e Oyama, e o meia Camilo. (Carlos Rodrigues e Gustavo Magnusson/AAN)

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