CONFIANÇA

Bugre se inspira em duelos do passado

Guarani recebe o líder Cruzeiro no sábado, às 11 horas, e defende vantagem no retrospecto

Júlio Nascimento
07/07/2022 às 21:45.
Atualizado em 08/07/2022 às 08:52
Autor de gol contra o Cruzeiro em 2021, Ludke é uma das alternativas para lateral do Bugre no jogo de sábado (Thomaz Marostegan/Guarani FC)

Autor de gol contra o Cruzeiro em 2021, Ludke é uma das alternativas para lateral do Bugre no jogo de sábado (Thomaz Marostegan/Guarani FC)

28 de novembro de 1999. Em uma tarde ensolarada de 32º graus em Campinas, o Cruzeiro de Paulo Autuori subiu ao gramado do Brinco de Ouro como favorito na briga por uma vaga na fase de grupos da Libertadores. Mas o valente Guarani, comandado pelo icônico Carlos Alberto Silva, estava disposto a lutar pela classificação na seletiva da competição sul-americana.

O Bugre contava com os garotos Gléguer, Edu Dracena, Renatinho, Martinez, Rubens Cardoso e Marcinho, enquanto o Cruzeiro já formava a base do time que brigaria por títulos da Copa do Brasil e Brasileirão com Marcelo Dijian, Cris, Paulo Isidoro, Muller e Alex Alves.

Quando Carlos Eugênio Simon apitou o início do jogo, o Guarani se lançou ao ataque e exigiu boas defesas do goleiro André. No entanto, o Bugre só marcou o primeiro gol da partida no segundo tempo com Rubens Cardoso. O Cruzeiro, forte ofensivamente, respondeu rapidamente e empatou com Alex Alves. Mas Marcinho e Martinez aproveitaram o domínio do Guarani e sacramentaram uma significativa vitória por 3 a 1.

"A gente sabia que o favoritismo nos jogos era do Cruzeiro por conta dos elencos e do investimento. Mas do outro lado sempre teve muito respeito por parte deles. Eu joguei com Paulo Isidoro na Portuguesa e no próprio Guarani, mas ele sempre reclamava que quando tinha jogo contra a gente no Brinco era muito complicado vencer", relata Gléguer Zorzin, ex-goleiro do Bugre.

Dois anos depois, novamente no Brinco de Ouro, Gléguer esteve em campo na vitória do Bugre por 2 a 0, com direito a dois gols de Sinval. "O Cruzeiro tinha Maicon, Luizão, Cris, Jorge Wagner, Edmundo, Oséas e companhia. Mas a gente sempre jogava de forma leve e ofensiva. Acredito que o histórico nos ajudava porque sabíamos que o adversário jogava com respeito ao nosso time também", completa.

Desde o primeiro encontro entre os dois times, adversários neste sábado, às 11h, pela 17ª rodada da Série B do Campeonato Brasileiro, o equilíbrio sempre foi presente. São 36 partidas, com 13 vitórias bugrinas, 12 mineiras e outros 11 empates. O Bugre marcou 47 gols, enquanto a Raposa foi a rede em 46 oportunidades.

Será a quinta vez que Guarani e Cruzeiro se enfrentam pela Série B. Foram três empates e uma vitória do Cruzeiro. O detalhe é a média de gols desde então: 19 gols em quatro jogos. Uma média de 4,75 por jogo.

O cenário atual, entretanto, é distinto para os dois times. O Cruzeiro é o líder da divisão com 38 pontos - sete de vantagem para o Vasco da Gama. A Raposa pode conquistar o título simbólico do primeiro turno, enquanto o Bugre ainda tenta deixar a zona de rebaixamento. Com 14 pontos - quatro de diferença para o Náutico -, o Alviverde busca no passado a inspiração certa para iniciar a reação na competição. Em oito jogos realizados no Brinco até o momento, o Guarani venceu apenas o Criciúma. São cinco empates e duas derrotas.

Testes na lateral

O técnico Mozart Santos encerra nesta sexta-feira a preparação para o compromisso de amanhã. Por força contratual, Matheus Pereira não pode entrar em campo contra o Cruzeiro, assim como Bruno José. No entanto, a ausência do lateral é problemática para a comissão técnica que precisará improvisar alguém no lado esquerdo da defesa.

Substituto de Matheus Pereira, o jovem Eliel está entregue ao departamento médico e não terá condições de jogo. Lucas Ramon e Mateus Ludke são os laterais à disposição para enfrentar o Cruzeiro, mas ambos destros. Mozart fez testes nos últimos treinamentos com quatro jogadores.

O meia Vitinho, o volante Silas e o zagueiro Derlan atuaram improvisados na lateral-esquerda. Todos os jogadores são canhotos e jogaram em algum momento da carreira no setor. 

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