Eduardo Person acredita em reabilitação do Bugre sob comando do técnico Mozart Santos (Thomaz Marostegan/Guarani FC)
Desde o seu retorno à Série B do Campeonato Brasileiro em 2017, o Guarani usa o fator casa para conquistar importantes pontos em suas campanhas. A equipe sempre consegue se impor no Brinco de Ouro mesmo quando não monta equipes competitivas. Esta, porém, não é a realidade em 2022.
O fator local tornou-se o grande calcanhar de aquiles bugrino. Segundo pior mandante da competição, o time de Mozart Santos traça como prioridade melhorar o rendimento em casa para escapar da zona de rebaixamento.
Até agora, o Bugre disputou oito jogos em casa, com apenas uma vitória, cinco empates, duas derrotas e um aproveitamento de 33,3%, performance superior apenas a da Chapecoense - que tem um jogo a menos. A meta é melhorar o desempenho como mandante já a partir de sábado (9), às 11h, contra o Cruzeiro.
O desempenho desta temporada fica abaixo dos últimos cinco campeonatos, quando o clube retornou à divisão. A única vez que a equipe permaneceu abaixo dos 50% de aproveitamento como mandante nas 15 rodadas iniciais ocorreu em 2019. Foram sete partidas com três vitórias, três derrotas, um empate e 47% dos pontos somados no Brinco.
“A gente sabe da importância do fator casa e estamos incomodados com essa falta de vitória. O professor Mozart falou sobre criar uma identidade nova dentro do campeonato e isso passa também por melhorar nosso rendimento como mandante. Estamos angustiados de ver o Guarani, com uma camisa tão pesada, passando por essa situação. O momento é de trabalhar para evoluir”, explica Eduardo Person.
Uma das explicações para esses números é a dificuldade do Guarani no ataque. Nos oito jogos disputados em casa, foram apenas dois gols marcados: na vitória por 1 a 0 contra o Criciúma e no empate contra o Vila Nova por 1 a 1.
“É acertar agora no detalhe final. A gente precisa caprichar na última bola. O Mozart tem trabalhado bastante neste aspecto também. Ele lembra muito o Carpini no estilo de jogar por querer ficar com a bola e agora acredito que vamos continuar com um bom volume de chances criadas para melhorar os números”, justifica o volante.
Os dois últimos jogos no primeiro turno atuando como mandante serão contra dois postulantes ao acesso. O primeiro desafio será diante do líder Cruzeiro neste sábado. Na rodada seguinte, novamente no Brinco, o Bugre recebe o Bahia, atual terceiro colocado na tabela de classificação.
“É o momento de reagir. Todo jogo na Série B é importante independente se o adversário é o líder ou lanterna. Estamos aproveitando nossa semana cheia de trabalho para entender mais da filosofia da nova comissão técnica. Estamos confiantes em realizar um bom jogo e dar essa resposta ao nosso torcedor. As críticas são naturais e precisamos recebê-las da melhor forma para melhorar nosso desempenho”, analisou Person.
Adeus antecipado
Para a sequência da Série B, em busca da campanha de recuperação, o técnico Mozart Santos não vai contar mesmo com o zagueiro Leandro Castán. O atleta de 35 anos tinha contrato até dezembro, mas admitiu que está de saída do Alviverde após conversar com o presidente Ricardo Moisés.
“Eu tive essa experiência de três meses no Guarani, mas já conversei com o presidente e agora os meus empresários estão resolvendo minha saída”, disse Castán em entrevista ao programa Os Donos da Bola da TV Bandeirantes. O jogador ainda garantiu que não se trata de aposentadoria e vai avaliar novos desafios.
Na última rodada, Castán não foi relacionado para a viagem de Maceió, onde o Bugre enfrentou o CRB. O zagueiro usou as redes sociais para postar momentos em família, enquanto o plantel estava em campo. O pedido de saída ocorreu após a derrota para o Ituano, na semana passada, quando se desentendeu com alguns torcedores nas arquibancadas.
