Marcelo Fernandes prega pés no chão após sequência de duas vitórias no campeonato
O comandante bugrino durante a vitória diante do Itabaiana, no Brinco: dois tempos distintos (Raphael Silvestre/Guarani FC)
Depois de sofrer nas últimas colocações, o Guarani começa a ensaiar uma nova fase na Série C do Campeonato Brasileiro. A vitória por 2 a 1 sobre o Itabaiana-SE, na noite do último domingo, em casa, foi a segunda consecutiva de um time que está sem perder há quatro partidas. Além de afastar o perigo da zona de rebaixamento, a boa fase faz o clube iniciar uma aproximação do G8. Os números recentes são positivos, mas o técnico Marcelo Fernandes evita empolgação e avisa que ainda há um longo caminho a percorrer para a consolidação de uma reversão de cenário. “Ainda temos muito a melhorar, muito a evoluir. A equipe está procurando trabalhar para sair dessa situação incômoda. Hoje (domingo), foi um passo importante, mas não podemos nos esquecer que ainda estamos apenas três pontos à frente dessa situação (o Z4)”, comentou o treinador após a partida válida pela nona rodada, sem deixar de ressaltar também a aproximação da equipe da zona de classificação. “Tiramos um pouco o fardo que vinha nos incomodando lá atrás e estamos mais perto do nosso objetivo. Mas precisamos manter os pés no chão, não há motivo para ser diferente”. Fernandes aponta dois tipos de comportamento recentes da equipe para exemplificar sua posição de que o Guarani está no caminho certo, mas ainda em processo: a vitória sobre o Retrô há duas rodadas, em Pernambuco, e o primeiro tempo diante do Itabaiana, ocasiões em que o time mostrou força. “Em Pernambuco, fomos um leão. Conseguimos uma vitória difícil diante de um adversário que havia eliminado o Fortaleza da Copa do Brasil”, lembrou o treinador, que também destacou a atitude na etapa inicial do duelo de domingo, quando três dos nove reforços adquiridos na janela de transferência estrearam e o Guarani construiu o placar com gols de Bruno Santos, uma das novidades. “Mostramos intensidade, volume de jogo e fizemos aquilo que havíamos treinado”. Nos acréscimos do primeiro tempo, no entanto, o Guarani tomou um gol de cabeça do atacante Leilson, de 1m62 de altura, e sofreu no início da etapa complementar, o que obrigou o treinador a efetuar mudanças, colocando mais três estreantes em campo. “A marcação não encaixou e tomamos decisões erradas. Tudo isso se somou à impaciência do torcedor em razão da equipe ter um histórico relacionado à insegurança. Mas depois conseguimos equilibrar, segurar a bola no campo de ataque e conquistar a vitória”. Para Fernandes, o crescimento do Itabaiana no segundo tempo da partida reflete a dificuldade da Série C. “Não esperávamos jogo fácil, assim como não existe partida tranquila na divisão”, argumentou. Por outro lado, o técnico afirmou que o Guarani ainda está se adaptando à competição. “Temos muita qualidade técnica, mas a Série C exige maior força no duelo, no choque e estamos aprendendo a fazer isso”. Após seis partidas no comando, Fernandes já conhece melhor o grupo e as duas semanas dedicadas apenas aos treinos antes do duelo de domingo contribuíram para isso. “Os reforços chegaram com o mesmo espírito do pessoal que já estava aqui”, percebeu. “No nosso meio, não há vaidade e nem frescura. Todos estão imbuídos para trabalhar pela recuperação do Guarani”. Agora, o time terá mais 13 dias de intervalo até o próximo compromisso, dia 28, um sábado, às 17h, no Brinco, contra o CSA. O único problema de lesão detectado após a vitória sobre o Itabaiana foi envolvendo o atacante Rafael Bilu, que não retornou para o segundo tempo em razão de um incômodo no ombro.
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