DÉRBI 203

Bugre e Macaca duelam no Brinco

No segundo clássico de 2022, Guarani e Ponte se reencontram em busca de afirmação

Júlio Nascimento e Wendell Coral
08/05/2022 às 09:58.
Atualizado em 08/05/2022 às 09:58

Giovanni Augusto com 5 gols e Lucca com 8 gols são as principais esperanças de Guarani e Ponte Preta no jogo deste domingo. O duelo dos camisas 10 é interessante nos números. (Thomaz Marostegan/Guarani FC | Álvaro Junior/Ponte Press)

Guarani e Ponte Preta se reencontrarão na tarde deste domingo, às 16h, para o segundo dérbi de 2022. O clássico, válido pela sexta rodada da competição nacional, será no mesmo Brinco de Ouro onde, no dia 19 de fevereiro, o Bugre venceu a Macaca por três gols e corroborou com a queda de Gilson Kleina.

Passados 78 dias, o 203º confronto entre os dois grandes rivais será travado com treinadores diferentes. Do lado alvinegro, o experiente Hélio dos Anjos estreia no dérbi após 36 anos atuando como treinador, mas enfrenta o debutante Ben-Hur Moreira no seu primeiro jogo como treinador interino e, consequentemente, no primeiro clássico.

A classificação comprova que o momento da Macaca é ligeiramente melhor neste início de Série B. Os sete pontos somados até aqui, principalmente com vitórias contra CRB e Brusque, deixam os torcedores mais otimistas por dias melhores após a pífia campanha no Campeonato Paulista. Por outro lado, mesmo com a saída de Daniel Paulista às vésperas do clássico, os bugrinos confiam no retrospecto recente: duas vitórias e um empate nos últimos três encontros.

Mas o dérbi tem o poder de mudar completamente os cenários. Se o Bugre vencer, certamente vai gerar mais tranquilidade para o trabalho de transição na comissão técnica com o interino Ben-Hur Moreira. Já na Macaca, Hélio dos Anjos tem a chance de se firmar entre todas as alas do Moisés Lucarelli como o comandante ideal para o processo de reconstrução da equipe.

Atrações

O dérbi-203 também será marcado por reencontros. O lateral Diogo Mateus, o volante Índio e o atacante Júlio César conhecem bem como funciona o lado alvinegro. Já o zagueiro Fabrício, o meia Matheus Anjos e o atacante Douglas Santos, além do goleiro Luan, já estiveram muitas vezes no Brinco de Ouro.

O treinador pontepretano também trabalhou no Guarani. Hélio dos Anjos foi demitido por José Luis Lourencetti, em 2001, após uma sequência de derrotas. A goleada sofrida contra o Vasco, em São Januário, por 7 a 1, no Brasileirão, deixou a situação praticamente insustentável. A saída do profissional foi confirmada dias depois com a derrota para o Galo, por 3 a 0, em Belo Horizonte.

Dentro de campo, o Bugre aposta no retorno de Giovanni Augusto, artilheiro na temporada com cinco gols marcados. O camisa 10 foi poupado da partida contra o Náutico para chegar no clássico com o melhor condicionamento físico possível. Mas a Macaca também tem sua aposta no setor ofensivo: Lucca, responsável por oito dos 13 gols na temporada, segue em busca da sua primeira vitória em dérbi.

O Guarani é, segundo o site FootStats, especializado em estatísticas, a equipe que mais finaliza em direção à meta adversária. 

Em cinco duelos realizados até aqui da segunda divisão nacional, o Bugre acertou o alvo em 37 oportunidades. Uma média superior a sete arremates por partida.

Entretanto, demonstra pouca efetividade, haja vista que balançou a rede três vezes na competição e detém ao lado de Sport, CRB, CSA e Ponte Preta o pior ataque.

O sistema defensivo da Ponte Preta já foi vazado 27 vezes na temporada. Apesar de ter terminado o estadual sendo o time que mais sofreu gols, a Alvinegra vem em uma crescente no setor, uma vez que obteve ‘clean sheet’ em três jogos da Série B.

Quando a bola rolar para o clássico campineiro, a Ponte vai em busca de não possuir o maior jejum em dérbis nos últimos 20 anos.

A Macaca não fica quatro jogos consecutivos sem vencer o rival desde 2002, quando na época o clube quebrou um tabu de estar há 15 anos sem saber o que era triunfar sobre o Guarani.

Entre os períodos, a Alvinegra teve uma sequência de um empate e duas derrotas em 2009 (Campeonato Paulista e Série B) e de 2004 a 2006 os times vinham empatando há três clássicos, porém a Nega Veia havia vencido os embates anteriores.

No geral, são 69 vitórias do Guarani, 66 empates e 66 triunfos pontepretanos. Um histórico completamente equilibrado.

FICHA TÉCNICA:

GUARANI x PONTE PRETA

GUARANI:

Maurício Kozlinski; Diogo Mateus, João Victor, Ronaldo Alves e Matheus Pereira; Leandro Vilela, Rodrigo Andrade e Giovanni Augusto; Bruno José, Júlio César (Yago) e Lucão do Break (Nicolas Careca).

Técnico: Ben-Hur Moreira (interino)

PONTE PRETA:

Caíque França; Norberto, Thiago Oliveira, Fábio Sanches e Artur (Jean Carlos); Felipe Amaral, Ramon Carvalho e Léo Naldi; Echaporã, Danilo Gomes e Lucca.

Técnico: Hélio dos Anjos

Árbitro: Luiz Flávio de Oliveira (SP)

Local: Estádio Brinco de Ouro, em Campinas (SP)

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